Segurança alimentar para salvar vidas, por Flávio Dino

“Ao máximo possível, seguiremos agindo para reduzir os preocupantes efeitos sociais derivados diretamente da crise histórica que o Brasil atravessa. No Maranhão tem governo”

Restaurantes Populares movimentam a economia local, adquirindo dos agricultores familiares 30% dos alimentos utilizados no cardápio (Fotos: Honório Moreira)

Cuidar das pessoas perpassa por diversos aspectos fundamentais à manutenção da vida. O momento extremo que enfrentamos, de grave crise sanitária e baixa garantia de direitos constitucionais por parte do Governo Federal, nos exige trabalho redobrado. Como proteger a saúde em meio ao dramático cenário de vulnerabilidade social em que falta até o alimento na mesa? O auxílio emergencial, salvaguarda da alimentação básica de milhares de brasileiros, foi suspenso de modo absurdo. E há muita lentidão na retomada, em meio a dogmas fiscalistas desalinhados com a realidade e com as melhores práticas internacionais.

No Maranhão, definimos a segurança alimentar como prioridade. Ampliamos a rede estadual de Restaurantes Populares passando de 6 para 54 unidades instaladas em todas as regiões do estado, 11 delas inauguradas ao longo de 2020. O serviço é supervisionado por nutricionistas, assegurando alimentação saudável e nutritiva, a preço simbólico. E fizemos todo o possível para não suspender o fornecimento das refeições em meio à pandemia, inclusive adotando o uso de embalagens descartáveis para que o consumo fosse feito nas residências, evitando riscos de contágio. Assim, superamos 6 milhões de refeições servidas no último ano. Destaco que 27 de nossos Restaurantes Populares estão instalados em municípios de baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).

Com essa rede de restaurantes, apoiamos também a produção familiar nos municípios ao garantir que, pelo menos, 30% dos produtos sejam adquiridos diretamente da agricultura local, unindo geração de renda e qualidade alimentar ao nosso povo.

Outra iniciativa foi a criação do primeiro Banco de Alimentos do Maranhão, responsável pela coleta, seleção e distribuição de alimentos que seriam desperdiçados em feiras, mercados e centrais de abastecimento. Os produtos são doados por parceiros e encaminhados para instituições que fazem o alimento chegar à mesa de pessoas em situação de vulnerabilidade alimentar e social. Em um ano e meio de funcionamento, já doamos mais de 250 toneladas de alimentos, evitando desperdício e ofertando comida de qualidade a 10 mil pessoas, por meio de mais de 50 entidades sociais.

Na última quarta-feira, avançamos na política de segurança alimentar combinada com geração de trabalho e renda. Por meio do edital Compras Solidárias, investimos R$ 1 milhão em 8 toneladas de alimentos regionais oriundos de produtores familiares para doação pelo Banco de Alimentos. Dentre os produtos, os nossos tradicionais óleo de babaçu, doce de caju, farinha d’água, tapioca, mel e outros. A ação gera benefício duplo: para quem produz e para quem recebe.

Sublinho que seguimos com a distribuição de cestas básicas para a população em maior situação de carência. Nas próximas semanas, chegaremos a 400 mil cestas entregues, em domicílio, pelo nosso Corpo de Bombeiros, a quem agradeço imensamente a dedicação e superação de dificuldades sob sol ou chuva, para chegar a quem mais precisa.

Manteremos, firmemente, as diversas ações em curso que visam à garantia da manutenção da saúde e de vidas. Ao máximo possível, seguiremos agindo para reduzir os preocupantes efeitos sociais derivados diretamente da crise histórica que o Brasil atravessa. No Maranhão tem governo.

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