Aprovação de Bolsonaro despenca de 41% para 33%
Pesquisa da Confederação Nacional do Transporte (CNT) indica redução de 8% de outubro de 2020 para fevereiro deste ano. Rejeição à Bolsonaro supera aprovação.
Publicado 23/02/2021 15:38 | Editado 23/02/2021 16:47
A popularidade de Jair Bolsonaro está em queda desde o fim do ano passado e chegou ao patamar de maio de 2020, quando os primeiros meses de combate à pandemia de coronavírus derrubaram a aprovação do governo. A pesquisa realizada pela Confederação Nacional do Transporte (CNT) em parceria com o Instituto MDA indica que 33%, um terço da população, avalia positivamente a gestão. Em outubro de 2020, eram 41%.
O índice de ruim e péssimo saiu de 27% em outubro para 35% em fevereiro. Para 30%, a administração é regular. Os entrevistados podiam avaliar o governo em ótimo, bom, regular, ruim ou péssimo.
A pesquisa também perguntou sobre a aprovação pessoal de Bolsonaro. Em outubro, cerca de 52% dos entrevistaram responderam que aprovavam o desempenho pessoal do presidente. Em fevereiro, o número é de 44%. A rejeição subiu de 43% para 51% no mesmo período. Ou seja, a quantidade de reprovação superou a de aprovação.
Em outubro do ano passado, as parcelas do auxílio emergencial ainda eram pagas para trabalhadores informais e desempregado, mesmo que em valor reduzido. A suspensão do benefício contribuiu para a redução nos índices de aprovação do governo.
Simultaneamente, o governo viu o principal aliado internacionalmente ser derrotado nas urnas nos EUA, além de sofrer críticas contundentes por se isolar no cenário mundial. A política externa brasileira no período foi apontada como um fator para o atraso de insumos na produção de vacinas.
O recrudescimento de casos de Covid-19, a crise de oxigênio no Amazonas e a campanha de vacinação são outros elementos que justificam a queda de popularidade do presidente. O governo demonstrou incompetência para lidar com os desafios da pandemia que surgem rotineiramente.
A pesquisa foi feita com 2.002 entrevistados em 137 municípios do Brasil de 18 a 20 de fevereiro. A margem de erro é de dois pontos porcentuais com 95% de nível de confiança.
Com informações de Estado de S.Paulo