Após um ano do primeiro caso, Brasil tem recorde de mortes por covid

No dia mais letal de toda a pandemia, foram registradas 1.541 mortes, segundo o Ministério da Saúde, e 1.582, segundo o consórcio da imprensa.

Governo da Bahia distribui máscaras de proteção contra COVID, no Metrô. Foto: Paula Fróes/GOVBA

O número de pessoas que não resistiram à covid-19 chegou a 251.498 nesta quinta-feira. Em 24 horas, foram registradas 1.541 mortes, de acordo com o Ministério da Saúde. No entanto, segundo o consórcio da imprensa, foram 1.582 óbitos, configurando o dia mais letal de toda a pandemia, até agora.

Na curva epidemiológica do governo, o dia mais letal é 29 de julho, quando foram registrados 1.595 óbitos. No entanto, este número incluiu acúmulo de mortes de dias anteriores registrados em SP e PA, que não haviam sido divulgados. Hoje, por outro lado, não ocorre este problema.

Com isso, a média móvel de mortes no Brasil nos últimos 7 dias foi de 1.150, outro recorde registrado. A variação foi de +8% em comparação à média de 14 dias atrás, indicando tendência de estabilidade nos óbitos pela doença.

O Brasil vive atualmente o seu pior momento na pandemia. O país passa pelo maior período com média de mortes acima de mil: já são 36 dias. Das cinco médias mais altas registradas desde março de 2020, quatro ocorreram nas duas últimas semanas.

Segundo a curva do Ministério da Saúde, o dia mais letal da pandemia foi 29 de julho com 1.595 mortes, quando o consórcio da imprensa registrou 1.554 óbitos.

O total de infectados pelo novo coronavírus chegou a 10.390.461. Entre ontem e hoje, foram confirmados 65.998 novos casos da doença. A média móvel nos últimos 7 dias foi de 52.177 novos diagnósticos por dia. Isso representa uma variação de +15% em relação aos casos registrados em duas semanas, o que indica tendência de estabilidade também nos diagnósticos.

A média de casos voltou a ficar acima da marca de 50 mil por dia após pouco mais de três semanas, e a tendência está no limite da estabilidade; acima de 15% configura alta.

A curva de contágios está no limite da estabilidade, 15%, crescendo o percentual diariamente. Acima de 15% já será configurada a aceleração de casos.

Ainda há 815.267 pessoas com casos ativos em acompanhamento por profissionais de saúde.

Estados

São Paulo se mantém com o maior número de mortes por covid-19 (58.528), seguido por Rio de Janeiro (32.771), Minas Gerais (18.135), Rio Grande do Sul (12.149) e Bahia (11.488). As Unidades da Federação com menos óbitos são Acre (982), Roraima (1.083), Amapá (1.135), Tocantins (1.503) e Rondônia (2.801).

Situação epidemiológica da covid-19 no Brasil
Situação epidemiológica da covid-19 no Brasil – Divulgação/Ministério da Saúde

Doze estados estão com alta nas mortes: PR, RS, SC, RJ, AC, PA, BA, CE, MA, PB, PI e RN. Hoje, foram 13 contra apenas 4 com tendência de queda. Nove estados mais o Distrito Federal estão em situação de estabilidade.

Das regiões, apenas o Norte teve queda (-25%) após dias seguidos em estabilidade. Já Nordeste (36%) e Sul (47%) tiveram aceleração. Centro-Oeste (-3%) e Sudeste (3%) se mantiveram estáveis.

Vacinação

Balanço da vacinação contra Covid-19 desta quinta-feira (25) aponta que 6.338.137 de pessoas já receberam a primeira dose de vacina contra a Covid-19, segundo dados divulgados até as 20h. O número representa 2,99% da população brasileira.

A segunda dose já foi aplicada em 1.750.781 pessoas (0,83% da população do país) em todos os estados e no Distrito Federal.

No total, 8.088.918 doses foram aplicadas em todo o país.

A plataforma da Universidade de Oxford, Our World In Data, apresenta 7,55 milhões de doses aplicadas, para 3,5% da população brasileira. O levantamento inglês utiliza dados de programas de universidades e entidades que acompanham os dados da pandemia. O consórcio da imprensa levanta diariamente os dados junto a secretarias estaduais de Saúde.

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