Antes de encerrar semana, curva de mortes mostra explosão de recordes

País teve mais 1,8 mil óbitos pela doença em 24 horas e já ultrapassa recorde da semana passada, antes de fechar a curva epidemiológica no sábado.

São Paulo 05/03/2021. Movimento na Rua 25 de Março, na véspera da Fase Vermelha da pandemia em São Paulo. Foto Paulo Pinto/FotosPublicas

O Brasil teve o segundo  dia com mais novas mortes confirmadas desde o início da pandemia de covid-19. Em um período de 24 horas, as autoridades de saúde registraram mais 1,8 mil óbitos. Esse resultado só ficou abaixo do recorde, também nesta semana, de 1.910 vidas perdidas, notificadas no balanço de quarta-feira (3).

As mortes registradas nesta sexta-feira (5) superaram as de ontem (4), quando o balanço diário sobre a pandemia marcou 1.699 falecimentos. No total, 262.770 pessoas já perderam a vida para a covid-19 desde o início da pandemia.

Com isso, a média móvel de mortes no Brasil nos últimos 7 dias chegou a 1.423, esta ainda em alta e com novo recorde – é a maior desde o começo da pandemia. A variação foi de 35% em comparação à média de 14 dias atrás, indicando tendência de alta nos óbitos pela doença.

Com os recordes dos últimos dias, a semana epidemiológica nem terminou e já ultrapassou a taxa de óbitos da semana anterior, que já era bem mais alta que a anterior

O Brasil também registrou hoje o recorde de mortes por semana. O número foi divulgado pelo Ministério da Saúde no mais novo boletim epidemiológico sobre a pandemia do novo coronavírus.

Ainda há 2.892 mortes em investigação por equipes de saúde. Isso porque há casos em que o diagnóstico sobre a causa só sai após o óbito do paciente.

As informações foram divulgadas na atualização diária do Ministério da Saúde de hoje. O balanço é elaborado a partir das informações levantadas pelas autoridades estaduais e locais de saúde sobre casos e mortes provocados pela covid-19.

O balanço de hoje também marcou o segundo dia com mais novos casos registrados, com mais 75.495 diagnósticos confirmados. A soma foi menor apenas do que a do dia 7 de janeiro, quando foram acrescidas às estatísticas mais 87.843 pessoas infectadas. Ontem, os novos casos totalizaram 75.102.

A média móvel nos últimos 7 dias foi de 59.150 novos diagnósticos por dia — o maior número registrado desde o começo da pandemia. Isso representa uma variação de 27% em relação aos casos registrados em duas semanas, o que indica tendência de alta também nos diagnósticos.

Com os diagnósticos positivos registrados na atualização, a soma de pessoas infectadas desde o início da pandemia alcançou 10.869.227. Ontem o total estava em 10.793.732.

O número de pacientes recuperados alcançou 9.671.410 e o de pessoas com casos ativos, em acompanhamento por equipes de saúde, ficou em 935.047.

Situação epidemiológica da covid-19 no Brasil.
Divulgação/Ministério da Saúde

Estados

A lista de estados com mais mortes pela covid-19 é liderada por São Paulo, com 61.064 óbitos. Em seguida, aparecem Rio de Janeiro (33.607); Minas Gerais (19.204); Rio Grande do Sul (13.188) e Bahia (12.353).

Acre e Bahia são estados onde a curva epidemiológica ultrapassou os patamares máximos anteriores de mortes e continuam ascendendo.

Já as unidades da Federação com menos óbitos são Acre (1.047); Amapá (1.156); Roraima (1.160); Tocantins (1.565) e Sergipe (3.003).

Sete estados computaram mais de 100 mortes por covid-19 nas últimas 24 horas. O total de vítimas apenas nestes estados chega a 1.166: São Paulo – 370, Minas Gerais – 172, Rio Grande do Sul – 167, Rio de Janeiro – 141, Paraná – 107, Santa Catarina – 107 e Bahia – 102.

Dezessete estados (a maioria do Sul, Nordeste e Centro-Oeste) e o Distrito Federal estão com alta nas mortes: PR, RS, SC, SP, DF, GO, MS, MT, AC, TO, AL, BA, CE, MA, PB, PI, RN e SE. Apenas o Amazonas apresenta queda de -25% de óbitos. oito estados permanecem com números estáveis, a maioria no Norte e Sudeste.

Vacinação

Balanço da vacinação contra Covid-19 desta sexta-feira (5) aponta que 7.941.173 pessoas já receberam a primeira dose de vacina contra a Covid-19, segundo dados divulgados até as 20h. O número representa 3,75% da população brasileira.

A segunda dose já foi aplicada em 2.611.071 pessoas (1,23% da população do país) em todos os estados e no Distrito Federal.

No total, 10.552.244 doses foram aplicadas em todo o país.

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