Bolsonaro pagará R$ 150 do novo auxílio para maioria dos beneficiados

Deputados da oposição protestaram contra o valor que não atende as necessidades dos brasileiros que precisam do apoio para não passar fome

Trabalhadores enfrentam grandes dificuldades para terem acesso ao auxílio emergencial (Foto: Reprodução)

O governo Bolsonaro vai pagar R$ 150 para 20 milhões de famílias, que representam 43% do total de beneficiados com a nova rodada do benefícios. Segundo apurou o Estadão, essas famílias estão na chamada categoria “unipessoal”, ou seja, composta por uma única pessoa. Mais 16,7 milhões possuem mais de um integrante e receberão R$ 250. Os R$ 375 vão beneficiar 9,3 milhões de mulheres que são provedoras de suas famílias. O pagamento da primeira parcela começa em abril.

Segundo o Estadão, pelo novo desenho do auxílio, o governo vai pagar quatro parcelas de R$ 150 a R$ 375 a cerca de 46 milhões de brasileiros. Apenas uma pessoa por família poderá ser contemplada. As regras são mais apertadas do que em 2020, quando o auxílio pagou cinco parcelas de R$ 600 e quatro de R$ 300, com cotas em dobro para as mulheres chefes de família. Até duas pessoas na família podiam receber o repasse.

De acordo com levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o valor de R$ 150 é suficiente para comprar 23% da cesta básica em São Paulo, 29%, em Belém e 31%, em Salvador.

Repercussão

O detalhamento da divisão não foi bem recebido no parlamento. O deputado Orlando Silva (PCdoB-SP) considerou os critérios absurdos. “A maior parte dos brasileiros que precisam de apoio para não passar fome vai receber apenas R$ 150 de auxílio emergencial. Se a famiglia Bolsonaro não tivesse enriquecido cometendo peculato com dinheiro público, seria capaz de comprar gás, arroz e feijão com 150?”, criticou.

“Nem 600, nem 375, nem 250. O governo e seus aliados no congresso mentiram! A maior parte das poucas pessoas que terão direito ao ‘novo auxílio emergencial’ receberá R$ 150 e somente a partir de abril. O que isso é capaz de comprar no supermercado que Guedes frequenta?”, protestou a deputada Natália Bonavides (PT-RN).

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