Pandemia: média diária de mortes dispara 49% em 14 dias no Brasil

Na última semana, morreram, em média, 2.234 brasileiros por dia

Ao registrar 2.331 mortes por Covid-19 nas últimas 24 horas, o Brasil totalizou neste sábado (20) 292.856 óbitos e viu a média diária de pessoas mortas bater novo recorde. Na última semana, morreram, em média, 2.234 brasileiros por dia. Em comparação à média de 14 dias atrás, a variação foi de 49%, indicando tendência de alta nos óbitos pela doença. É o auge da pandemia no País.

É o que mostra novo levantamento do consórcio de veículos de imprensa sobre a situação da pandemia de coronavírus no Brasil a partir de dados das secretarias estaduais de Saúde, consolidados às 20 horas de sábado. Na sexta (19), pela primeira vez desde o início da pandemia, o País bateu a marca de 15 mil mortes em uma semana.

Já são 59 dias seguidos com a média móvel de mortes acima da marca de mil. Além disso, pelo 13º dia, a marca aparece acima de 1.500. Foram 22 recordes seguidos nesse índice, registrados de 27 de fevereiro até aqui.

Desde o começo da pandemia, 11.949.335 brasileiros testaram positivo para o novo coronavírus – o País deve superar neste domingo (21) o patamar de 12 milhões de casos confirmados. A média móvel nos últimos sete dias foi de 72.869 novos diagnósticos diários. Isso representa uma variação de 9% em relação aos casos registrados em duas semanas, o que indica tendência de estabilidade nos diagnósticos.

Os dados nacionais são aferidos pelo consórcio de veículos de imprensa, que também atualizou as informações repassadas sobre a vacinação contra a Covid-19 por 19 estados e pelo Distrito Federal. Já foram aplicadas no total 15.863.113 doses de vacina (11.722.280 da primeira dose e 4.140.833 da segunda dose), conforme informações disponibilizadas pelas secretarias de Saúde.

Isso significa que somente 7,28% dos brasileiros maiores de 18 anos tomaram a primeira dose e só 2,57%, a segunda. Nas últimas 24 horas, 229.426 pessoas tomaram a primeira dose da vacina e 18.630, a segunda.

A iniciativa do consórcio de veículos de imprensa ocorre em resposta às atitudes do governo Jair Bolsonaro (sem partido), que ameaçou sonegar dados, atrasou boletins sobre a doença e tirou informações do ar, com a interrupção da divulgação dos totais de casos e mortes. Além disso, o governo divulgou dados conflitantes.​​​​​

Com informações do G1 e da Folha de S.Paulo