Brasil tem 4.195 mortes em 24 horas, maior patamar da pandemia

Desde o início da pandemia, 336.947 pessoas morreram pela doença. Recorde aproxima Brasil de números absurdos dos EUA em janeiro.

Jovens da UMES – União Municipal dos Estudantes Secundaristas de São Paulo exibem faixa com os dizeres: “CHEGA DE MORTES! VACINA JÁ! E FORA BOLSONARO!”na Avenida Paulista próximo ao cruzamento com Alameda Ministro Rocha Azevedo. São Paulo, SP. 05 de abril de 2021. Foto: Roberto Parizotti.

O Brasil bateu a marca das quatro mil mortes diárias por covid-19. De acordo com o balanço diário do Ministério da Saúde divulgado na noite desta terça-feira (6), entre ontem e hoje as autoridades de saúde confirmaram 4.195 óbitos em função da doença.

Com isso, a média móvel de mortes no país nos últimos 7 dias ficou em 2.775, segundo cálculo do consórcio da imprensa. Em comparação à média de 14 dias atrás, a variação foi de +22%, indicando tendência de alta nos óbitos pela doença.

Além do Brasil, apenas os EUA já registraram mais de 4 mil vítimas em um único dia; em seu pior momento após as festas de fim de ano, o país norte-americano anotou 4.476 mortes no dia 12 de janeiro, segundo o portal Our World in Data. Por esse parâmetro, o país com a terceira pior marca foi a Argentina, com 3.351 mortes anotadas em 1º de outubro do ano passado, segundo a mesma fonte.

Com isso, o número de vítimas que não resistiram à pandemia do novo coronavírus subiu para 336.947. Ainda há 3.598 mortes em investigação por equipes de saúde. Isso porque há casos em que o diagnóstico sobre a causa só sai após o óbito do paciente.

Já o número de novos casos confirmados em 24 horas foi de 86.979. O país chegou a 13.100.580 pessoas infectadas desde o início da pandemia. A média móvel nos últimos 7 dias foi de 63.143. Isso representa uma variação de -16% em relação aos casos registrados em duas semanas, o que indica tendência de queda nos diagnósticos.

O número de pessoas recuperadas subiu para 11.558.774. Já a quantidade de pacientes com casos ativos, em acompanhamento por equipes de saúde, ficou em 1.204.849.

Os dados em geral são menores aos domingos e segundas-feiras pela menor quantidade de trabalhadores para fazer os novos registros de casos e mortes. Já às terças-feiras eles tendem a ser maiores, já que neste dia o balanço recebe o acúmulo das informações não processadas no fim-de-semana.

Estados

O ranking de estados com mais mortes pela covid-19 é liderado por São Paulo (78.554), Rio de Janeiro (38.040), Minas Gerais (25.795), Rio Grande do Sul (21.018) e Paraná (17.685). Já as Unidades da Federação com menos óbitos são Acre (1.306), Amapá (1.346), Roraima (1.362), Tocantins (2.133) e Sergipe (3.642).

Situação epidemiológica da covid-19 no Brasil (06.04.2021).
Situação epidemiológica da covid-19 no Brasil (06.04.2021). – Divulgação/Ministério da Saúde

Treze estados e o Distrito Federal estão com alta nas mortes: ES, MG, RJ (+104%), SP, DF, MS (+70%), MT, AP, PA, CE, MA, PB, PE e PI. O quadro começa melhorar nacionalmente, conforme aumento para oito o número de estados estabilizados (PR, SC, GO, RO, TO, AL, RN e SE) e para cinco o número de estados em desaceleração de mortes (RS, AC, AM, RR e BA).

Dez estados reportaram mais de cem mortes por covid-19 nas últimas 24 horas. Nestes locais, o total de vítimas soma 3.505: São Paulo – 1.389; Rio Grande do Sul – 418; Goiás – 366; Rio de Janeiro – 347; Paraná – 280; Santa Catarina – 224; Ceará – 142; Bahia – 122; Espírito Santo – 110 e Mato Grosso – 107.

Vacinação

Balanço da vacinação contra Covid-19 desta terça-feira (6) aponta que 20.828.398 pessoas já receberam a primeira dose de vacina contra a Covid-19, segundo dados divulgados até as 20h. O número representa 9,84% da população brasileira.

A segunda dose já foi aplicada em 5.881.392 pessoas (2,78% da população do país) em todos os estados e no Distrito Federal.

No total, 26.709.790 doses foram aplicadas em todo o país. De ontem para hoje, foram aplicadas 805.266 primeiras doses e 285.463 segundas doses no país, num total de 1.090.729, o segundo maior registro desde o começo da vacinação.