Nas urnas, Peru, Equador e Bolívia podem mudar mapa político da região

Haverá eleições presidenciais no Peru e Equador, além de eleições regionais na Bolívia

Presidenciáveis do Peru participam de debate na TV

Este 11 de abril será um domingo de definições no mapa político da América do Sul com as eleições presidenciais no Peru e Equador, e as eleições regionais na Bolívia, em meio à pandemia de Covid-19.

No Equador, mais de 13 milhões de eleitores são convocados a votar na cédula presidencial entre o correista Andrés Arauz e o conservador Guillermo Lasso, aspirantes a suceder ao impopular Lenín Moreno, que deixou o país em meio a uma profunda crise econômica e sanitária. A votação acontece em meio a um agravamento da pandemia no Equador, com estado de exceção decretado em oito províncias e maior controle por parte das forças de segurança para evitar as multidões registradas durante o primeiro turno de fevereiro passado.

Diante da abstenção observada no primeiro turno, Arauz, da Unión por la Esperanza (de tendência correísta), e Lasso, do Movimento Creo (de ideologia conservadora e economicamente liberal), reestruturaram suas agendas para atingir esses eleitores, inclusive as minorias, camponeses ou indígenas, entre outros. Após o encerramento da campanha na quinta-feira (08/04) em Guayaquil e Quito, respectivamente, os candidatos devem cumprir o silêncio eleitoral que entrou em vigor a partir deste sábado (10/04) e que proíbe atos de campanha.

Na mesma quinta-feira, começou a votação de mais de 8 mil pessoas privadas de liberdade em 39 presídios do país, dia que foi seguido hoje pela modalidade Votação em Casa, para a qual 653 pessoas com mais de 50 anos estão habilitadas, além de pessoas com deficiência. O Plenário do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) resolveu não realizar o processo de Contagem Rápida neste segundo turno.

Peru

No Peru, após um período legislativo agitado com saída de quatro presidentes, os mais de 25 milhões de peruanos chamados às urnas neste domingo votarão no pleito que é visto como a chave para a esperada estabilidade política, apesar dos efeitos da pandemia do novo coronavírus.

Durante o dia das eleições gerais, os cidadãos também elegerão dois vice-presidentes, os 130 membros do Congresso e cinco representantes do Congresso Andino. Mais de dez candidatos concorrem à Presidência e o segundo turno, que só acontece caso nenhum deles atinja mais de 50% dos votos – ou 40% e uma diferença de dez pontos em relação ao segundo colocado – está previsto para junho.

Bolívia

A Bolívia encerra seu período eleitoral com as chamadas eleições subnacionais, quando são eleitos os governadores de quatro dos nove departamentos que compõem o país: La Paz, Chuquisaca, Pando e Tarija. Na primeira eleição, nenhum dos candidatos dessas regiões obteve mais de 50% dos votos ou 40% e dez pontos percentuais de vantagem sobre o segundo candidato.

O Movimento pelo Socialismo (MAS) busca o controle dos principais governos que o escaparam no primeiro turno eleitoral. No primeiro turno, foram eleitos cinco governadores, três deles do MAS. Portanto, se vencerem os quatro na disputa deste domingo, o movimento socialista governará em grande parte do país, além do governo nacional atualmente comandado por Luis Arce.

Com informações da TeleSUR, via Opera Mundi