Senadora Kátia Abreu detona Ernesto Araújo pelas mentiras ditas na CPI

“Eu vejo senhor Ernesto que sou psicóloga de formação, mas sou uma mulher do campo. Eu imagino que o senhor tenha uma memória seletiva, para não dizer uma memória leviana”, disse a parlamentar

Senadora Kátia Abreu (PP-TO) durante fala na CPI (Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado)

Numa fala arrebatadora, a senadora Kátia Abreu (PP-TO) criticou duramente o depoimento nesta terça-feira (18) do ex-ministro das Relações Exteriores na CPI da Covid pelo qual negou que tenha atacado a China e dificultado a importação de insumos para a produção de vacina contra o coronavírus. “Eu vejo senhor Ernesto que sou psicóloga de formação, mas sou uma mulher do campo. Eu imagino que o senhor tenha uma memória seletiva, para não dizer uma memória leviana”, disse a parlamentar.

De acordo com ela, o ex-ministro mente descaradamente na CPI. “O senhor é um negacionista compulsivo, omisso, uma bússola que nos levou para o naufrágio. Ao invés de pária, o senhor colocou o país em uma posição pior, de irrelevância”, disse a senadora, que antes da queda de Araújo do cargo teve outro confronto com o ex-ministro.

Representante da bancada feminina na CPI, ela lembrou que o ex-ministro não teve interferência na aquisição de vacinas. “Toda a vacina que veio do Brasil, veio do governo de São Paulo. Se tivesse precisado, o governo poderia ter apoiado. Nesse caso, foi zero sua interferência como chanceler”, afirmou Kátia Abreu.

Mentiras

Em abril do ano passado, o ex-ministro escreveu um artigo que alertava para o chamado “projeto globalista” que poderia “despertar novamente para o pesadelo comunista”. O chanceler sustentou ainda que o “comunavírus”, que ele chama de “vírus ideológico”, era mais perigoso que a Covid-19. Na ocasião, já havia 180 mil vítimas em todo o planeta.

Ele também disse que nunca teve atrito com o embaixador da China, o que também não é verdade.Araújo se envolveu em atrito com a embaixada chinesa após o deputado Eduardo Bolsonaro, filho do presidente, insinuar em seu Twitter que a China era responsável pela pandemia. Na ocasião, o ex-ministro criticou o embaixador Yang Wanming por achar que era “inaceitável que o embaixador da China endosse ou compartilhe postagem ofensiva ao Chefe de Estado do Brasil”.


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