Secretária do Ministério da Saúde confirma indicação de medicamento sem comprovação científica

A secretária Mayra Pinheiro depõe na CPI da Covid, no Senado Federal.

Mayra Pinehiro durante depoimento na CPI (Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado)

Sem apresentar dados concretos, a secretária de Gestão do Trabalho do Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro, que ficou conhecida como Capitã cloroquina, disse nesta terça-feira (25), na CPI da Covid, que Manaus teria entrado para história por salvar vidas e reafirmou a necessidade do uso de medicamentos sem comprovação científica para o tratamento da Covid-19, como a hidroxicloroquina, como também tem propagado o presidente Jair Bolsonaro. Entre dezembro de 2020 e janeiro de 2021, a capital amazonense viveu uma grave situação sanitária e foi uma das mais atingidas com números de mortes pela doença. A secretária, por indicação do então ministro Eduardo Pazuello, esteve na cidade quando houve falta de oxigênio na rede hospitalar, situação que agravou ainda mais situação da pandemia na capital.

“Manaus entra pra história sobre salvar vidas. Manaus trouxe a certeza que precisávamos de medicamentos para tratar a Covid”, disse na sua fala inicial na comissão. Ela defendeu a autonomia médica concedida pelo Conselho Federal de Medicina e disse que as ciências só são respeitadas quando aceitam o princípio da autocorreção permanente.

Ao ser questionada pelo relator Renan Calheiros (MDB-AL), ela disse que Brasil optou por não seguir orientação da OMS em relação a interrupção do uso da hidroxicloroquina contra a Covid-19.

Autor