Em documento à CPI, Itamaraty nega existência de ‘guerra química’

No dia 5 de maio, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que o coronavírus pode ter sido criado em laboratório e falou em uma “nova guerra”.

O Palácio do Itamaraty, sede do Ministério das Relações Exteriores- Foto: Xavier Granja Cedeño

O ministro das Relações Exteriores, Carlos França, disse em documento entregue à CPI da Covid que o Itamaraty não forneceu informações sobre uma suposta “guerra química” relacionada ao coronavírus.

No dia 5 de maio, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que o vírus pode ter sido criado em laboratório e falou em uma “nova guerra”.

“Os militares sabem o que é guerra química, bacteriológica e radiológica. Será que não estamos enfrentando uma nova guerra? Qual o país que mais cresceu o seu PIB? Não vou dizer para vocês”, disse o presidente, no que foi interpretado como uma referência à China, onde foram detectados os primeiros casos de Covid-19, no final de 2019.

O Itamaraty, em resposta à requerimento que o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) fez na CPI da Covid, disse que nunca produziu qualquer tipo de documento sobre o assunto.

“Este Ministério não produziu ou forneceu informação sobre a possibilidade de estar em curso uma guerra não declarada, promovida por nação estrangeira, por meio de guerra, química, bacteriológica e radiológica”, diz a resposta assinada pelo chanceler.

Parlamentares que integram a CPI sustentam que declarações de Bolsonaro contra a China prejudicaram a campanha de vacinação no Brasil. A produção dos imunizantes CoronaVac e Oxford/AstraZeneca dependem de insumos exportados pelo país asiático.

Fonte: Sputnik Brasil