Protestos contra Bolsonaro ganham repercussão na mídia internacional

O francês Le Monde destacou os atos em várias cidades brasileiras, reportando que as novas manifestações contra o presidente Jair Bolsonaro é porque ele “é mais perigoso que o vírus”

Avenida Paulista tomada por manifestantes contra Bolsonaro (Foto: Reprodução)

Despacho da Reuters sobre os protestos promovidos no sábado (29) em cidades brasileiras ganhou ampla repercussão global, com mais de 40 mil sites e jornais em todo o mundo replicando a notícia. Brasileiros realizam protestos em todo o país contra a resposta do presidente Bolsonaro à Covid – diz o título. “Os brasileiros fizeram protestos contra a forma como o Presidente Jair Bolsonaro lidou com a pandemia Covid-19 em pelo menos 16 cidades do país no sábado, carregando cartazes como ‘Fora Bolsonaro’ e ‘Impeachment Já’, reporta a agência.

O espanhol El País destaca que a esquerda do Brasil sai às ruas contra o Bolsonaro pela primeira vez na pandemia. “Os protestos, impulsionados pela gestão desastrosa da pandemia e a volta de Lula, reúnem milhares de pessoas convocadas por movimentos sociais em mais de cem cidades”, relata o diário.

O diário El Mundo disse na manchete que Brasil sai às ruas contra a política “genocida” de Jair Bolsonaro. “A esquerda supera a relutância em se aglomerar e vai às ruas pela primeira vez de forma massiva durante a pandemia”, aponta o correspondente Joan Royo Gual.

O português Público também dá amplo destaque às manifestações. Oposição a Bolsonaro mostra a sua força nas ruas brasileiras. “Cidades em todo o país foram palco de enormes protestos que exigem o afastamento do Presidente, responsabilizando-o pela crise sanitária. Lula ficou em casa e em silêncio”, escreve o correspondente João Ruela Ribeiro.

O argentino Clarín informa que milhares de pessoas voltaram às ruas do Brasil rejeitando Jair Bolsonaro. “Há passeatas em várias cidades, principalmente contra o manejo da pandemia do coronavírus”, reporta. “Movimentos sociais, centrais sindicais e partidos políticos de esquerda também pediram a recuperação de uma ajuda emergencial de 600 reais (94 euros) e uma campanha massiva de vacinação”.

O inglês The Guardian também dá amplo destaque aos protestos ocorridos no sábado, informando que dezenas de milhares de brasileiros marcham para exigir o impeachment de Bolsonaro. “Protestos em mais de 200 cidades e vilas no Brasil provocados pelo tratamento do presidente dapandemia de Covid”, relata.

O francês Le Monde também destacou os atos em várias cidades brasileiras, reportando que as novas manifestações contra o presidente Jair Bolsonaro é porque ele “é mais perigoso que o vírus”. “Dezenas de milhares de pessoas marcharam novamente, no sábado, 29 de maio, em várias cidades do país para protestar contra o chefe de Estado da extrema direita e sua contestada gestão da pandemia, que deixou quase 460.000 mortos”, informa.

O Libération também destaca os atos no sábado e aponta que foram uma demonstração de força de uma esquerda em busca de estratégia. “Dezenas de milhares de brasileiros manifestaram-se no sábado contra o presidente Jair Bolsonaro, que continua muito popular um ano e meio antes da eleição presidencial, apesar das investigações por suas falhas na luta contra a Covid-19”, ressalta.

A correspondente Chantal Rayes escreve: “Intoxicada por essa demonstração de força, como pelo inesperado retorno ao jogo político de Lula (cujas condenações foram derrubadas no início de março), a esquerda surfa no enfraquecimento do Bolsonaro, enquanto uma comissão parlamentar de inquérito examina as falhas de seu governo diante da epidemia: boicote a medidas de restrição de viagens, defesa de tratamentos medicamentosos com eficácia não comprovada, relutância em adquirir a vacina”.

O alemão Frankfurter Allgemeine Zeitung destacou que dezenas de milhares protestam contra o Bolsonaro. “A multidão se manifestou contra o chefe de estado extremista de direita Jair Bolsonaro em várias cidades do Brasil. Os protestos estavam relacionados principalmente à forma como Bolsonaro lidou com a pandemia corona”, destaca.

Fonte: PT no Senado