Luana Araújo, que ocuparia cargo estratégico na Saúde, depõe na CPI

Com perfil técnico e posições baseadas na ciência, a médica deixou de assumir o cargo de secretária extraordinária de Enfrentamento à Covid-19 no Ministério da Saúde dias depois de ser anunciada pelo ministro Marcelo Queiroga

Luana Araújo e o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga (Foto: Tony Winston/Ministério da Saúde)

A infectologista Luana Araújo, que chegou a ser anunciada para cargo de secretária extraordinária de Enfrentamento à Covid-19 no Ministério da Saúde, prestará depoimento nesta quarta-feira (2), a partir das 9h30, na CPI da Covid. Com perfil técnico e posições baseadas na ciência, a médica deixou de assumir o cargo dias depois de ser anunciada pelo ministro Marcelo Queiroga.

No evento de 12 de maio em que sua nomeação foi anunciada, Luana Araújo disse que iria “coordenar a resposta nacional à covid-19, em diálogo permanente com todos os atores”. Dez dias depois, em nota, o Ministério da Saúde afirmou que a pasta buscava “outro nome com perfil profissional semelhante: técnico e baseado em evidências científicas”.

A CPI pretende ouvir Luana Araújo antes de uma nova oitiva com o ministro Queiroga, para conhecer a versão da infectologista sobre os motivos da mudança. A princípio, estava prevista para esta quarta uma audiência pública para ouvir médicos e pesquisadores contra e a favor do uso de drogas como a cloroquina no chamado tratamento precoce contra a covid-19.

A convocação de Luana Araújo havia sido requerida pelos senadores Alessandro Vieira (Cidadania-SE) e Humberto Costa (PT-PE) logo após o anúncio do cancelamento da nomeação. “Isso aconteceu muito recentemente e ainda há dúvidas sobre o que fez o governo, o Ministério da Saúde, ao não nomear efetivamente essa pessoa. Há rumores de que seria pelo fato de que ela questiona vários pontos da condução política que o governo tem dado ao enfrentamento da pandemia”, justificou Humberto Costa.

Fonte: Agência Senado

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