Manuela d´Ávila recebe solidariedade de lideranças no país e no exterior

Da Argentina, o secretário das Relações Internacionais do Movimento Evita, Alejandro Rusconi, fez um apelo à comunidade internacional para que se manifeste a favor da ex-deputada

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Cresce na rede social manifestações de solidariedade a Manuela d´Ávila (PCdoB-RS) que vem sofrendo violência junto com a sua filha Laura, de apenas 5 anos. Houve ameaça de estupro envolvendo a criança e, de morte, direcionada à ex-deputada e ex-candidata a vice-presidente em 2018.

Da Argentina, o secretário das Relações Internacionais do Movimento Evita, Alejandro Rusconi, fez um apelo à comunidade internacional. “Expressamos toda a nossa solidariedade para Manuela d´Ávila e sua família diante das ameaças criminosas que ela e sua filha estão recebendo. Pedimos à comunidade internacional que denuncie a situação que ela sofre”, disse.

Monica Valente, secretária-executiva do Foro de São Paulo, afirmou que os integrantes do grupo são solidários com a ex-deputada. “Força Manu! Estamos com você!”, afirmou Monica. O Foro reúne partidos e organizações de esquerda na América Latina e no Caribe.

“Nós, mulheres e lideranças do Cidadania, recebemos com total horror o relato da jornalista e ex-candidata a vice-presidente do Brasil, Manuela d’Ávila, sobre os constantes ataques que ela e sua filha de apenas cinco aninhos vêm sofrendo de grupos de ódio de misoginia, de cunho extremista e fascista. Sabemos do enorme desafio que é ser uma liderança política feminina e a dura realidade da violência política de gênero e que um espaço onde nós somos violentadas e vilipendiadas jamais será verdadeiramente democrático. Em nome do Cidadania e da Secretaria Nacional de Mulheres 23, deixamos nossa solidariedade à Manuela, à pequena Laura, sua família e amigos”, diz nota do partido assinada por Juliet Matos, Raquel Dias e Tereza Vitale, da Secretaria Nacional de Mulheres; Eliziane Gama, senadora pelo Maranhão e líder do bloco Senado Independente; e de Roberto Freire, presidente nacional da sigla.

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Movimentos

As agressões sofridas pela ex-deputada e a filha também sensibilizaram o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB). “Manu, não é de hoje que tentam calar a tua voz. Esses covardes, cada vez mais acuados diante de mulheres que ousam lutar, não vão conseguir nos derrotar. Estamos juntos na resistência ao fascismo e ao retrocesso e na construção de uma sociedade mais justa e livre para todas, todos e todas”.

Rachel Moreno, do Observatório da Mulher; Luciana Sérvulo da Cunha, da Ong Respeito em Cena; e Sandra Mariano, da Coordenação Nacional de Entidades Negra (CONEN); divulgaram nota em conjunto para prestar solidariedade a Manuela.

“Ficamos chocadas com as ameaças que você recebeu, e que configuram não só uma tentativa de inibir a sua ação política, como inclui uma ameaça de estupro à sua filha… de 5 (CINCO) anos!…Essa violência nos atinge a todas, e temos tentado enfrentá-la desde 1979, com o SOS Mulher, com o surgimento das (poucas) Delegacias da Mulher, com a Lei Maria da Penha, com as Casas-Abrigo de Mulheres Vítimas de Violência e com as Casas da Mulher Brasileira”, destacaram.

De acordo com as lideranças, nesse momento de pandemia tem crescido a violência doméstica, bem como o feminicídio. “Nos defrontamos agora, mais uma vez, com a violência política, dirigida a você e sua filha. Saiba que estaremos sempre de seu lado. E não nos calaremos, como já fizemos ao longo da história não só de nossa luta específica, como também em todos os momentos em que se exigia ação social – como no apoio às greves do ABC, nas manifestações pela baixa do Custo de Vida, no Movimento Feminino pela Anistia, nos movimentos pela Democratização do país”. Por fim, elas exigiram das autoridades que localizem e punam exemplarmente os autores da ameaça.

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