CPI adia depoimento de auditor por causa da medida provisória da Eletrobras

O auditor do TCU Alexandre Figueiredo Costa Silva Marques é suspeito de gerar relatório falso, usado por Bolsonaro, no qual apontava um número menor de número de mortes por Covid-19 no país

Ex-presidente da CPI, Omar Aziz (Foto: Leopoldo Silva/Agência Senado)

Em decorrência da votação da medida provisória que privatiza a Eletrobras, o presidente da CPI da Covid, Omar Aziz (PSD), adiou o depoimento do auditor do Tribunal de Contas da União (TCU) Alexandre Figueiredo Costa Silva Marques, suspeito de gerar relatório falso, usado por Bolsonaro, no qual apontava um número menor de número de mortes por Covid-19 no país. Ele e o empresário Carlos Wizard seriam ouvidos nesta quinta-feira (17).

Wizard não compareceu, mas entrou com petição pedindo para marcar o depoimento em outra data. O documento irritou o presidente da CPI que solicitou das autoridades policiais a apreensão do passaporte do empresário que se encontra nos Estados Unidos. Tanto o auditor quanto Wizard garantiram no Supremo Tribunal Federal (STF) o direito a permanecerem em silêncio nos depoimentos.

O auditor chegou a comparecer ao Senado. O documento que teria sido inserido por ele no sistema do TCU, que minimiza o número de mortes por covid-19 no país, foi mencionado pelo presidente. Em resposta, o TCU registrou que “não há informações em relatórios do tribunal que apontem que em torno de 50% dos óbitos por covid no ano passado não foram por covid, conforme afirmação do presidente Jair Bolsonaro”.

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