CPI ouve auditor acusado de gerar dados falsos usados por Bolsonaro

Acusado de fazer parte do grupo de aconselhamento paralelo de Bolsonaro, Carlos Wizard não deve comparecer à sessão do colegiado. Segundo a defesa, o empresário se encontra nos Estados Unidos (EUA)

Mesa diretora da CPI da Covid (Foto;Leopoldo Silva/Agência Senado)

Com o possível não comparecimento à CPI da Covid do empresário Carlos Wizard, os senadores da comissão esperam ouvir o auditor do Tribunal de Contas da União (TCU) Alexandre Figueiredo Costa Silva Marques, suspeito de gerar relatório falso, usado por Bolsonaro, no qual apontava um número menor de número de mortes por Covid-19 no país. Nesta quarta-feira, o ministro do STF Gilmar Mendes concedeu a ele o direito de permanecer em silêncio durante o depoimento.

Acusado de fazer parte do grupo de aconselhamento paralelo de Bolsonaro, Carlos Wizard não deve comparecer à sessão do colegiado. Segundo a defesa, o empresário se encontra nos Estados Unidos (EUA). O ministro do STF Luís Roberto Barroso concedeu a ele o direito de ficar em silêncio.

Autor do requerimento de convocação do auditor Alexandre Marques, o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE), diz que a audiência permitirá esclarecer os detalhes da participação do dele na inclusão, no sistema do TCU, de documento que contesta o número de mortos na pandemia de Covid-19. Esse documento teria sido inserido no sistema do TCU sem estar baseado nos relatórios do tribunal e sem a anuência do TCU.

O documento que teria sido inserido por Marques no sistema do TCU, que minimiza o número de mortes por covid-19 no país, foi mencionado pelo presidente. Em resposta, o TCU registrou que “não há informações em relatórios do tribunal que apontem que em torno de 50% dos óbitos por covid no ano passado não foram por covid, conforme afirmação do presidente Jair Bolsonaro”.

Com informações da Agência Senado

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