Superpedido de impeachment de Bolsonaro será protocolado na Câmara

Coletiva de imprensa ocorre às 16h, no Salão Verde da Câmara, seguida de um ato na frente do Congresso

Manifestação pedindo o impeachment do presidente Bolsonaro por genocídio durante a pandemia da Covid-19 (Foto: Divulgação)

A partir da elaboração da Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD), partidos e entidades do movimento social vão protocolar nesta quarta-feira (30), às 15h, na Câmara dos Deputados, um superpedido de impeachment de Bolsonaro. Os organizadores do evento avisam que serão tomados os cuidados para reduzir os riscos de contágio por Covid-19. A coletiva de imprensa ocorre às 16h, no Salão Verde, seguida de um ato na frente do Congresso

O superpedido foi reforçado após os depoimentos na última sexta-feira (25), do deputado federal Luís Miranda (DEM-DF) e o seu irmão Luís Ricardo Fernandes Miranda, servidor do Ministério da Saúde. Eles disseram aos senadores que denunciaram a Bolsonaro em encontro no dia 20 de março, às 16 horas, no Palácio do Alvorada, supostas irregularidades no processo da compra da vacina indiana.

O presidente teria se comprometido a acionar o delegado-geral da Polícia Federal e, ainda, disse que o rolo era “coisa do Ricardo Barros”, o líder do seu governo na Câmara dos Deputados. Porém, nada foi feito, o que levou senadores a acionarem o STF contra Bolsonaro por crime de prevaricação. Esse novo fato político impulsionou as reações na sociedade. Além do superpedido, grandes manifestações estão programadas para o próximo sábado (3) a favor do Fora Bolsonaro.

O novo superpedido de impeachment agrega mais de 100 pedidos já entregues e lista todos os crimes cometidos por Bolsonaro, que não foram poucos e começaram antes mesmo da pandemia. No entanto, foi no enfrentamento à Covid-19 que Bolsonaro escancarou ao que veio, mostrando desdém com a vida da população e apropriação dos recursos públicos.

Na pandemia, Bolsonaro ignorou o direito à vida e, com cúmplices como o general Eduardo Pazuello no Ministério da Saúde, agiu como pôde para implementar a imunidade de rebanho por contaminação. Promoveu aglomerações, atrasou a chegada de vacinas, divulgou remédios ineficazes como cura e dificultou medidas de isolamento social por parte de prefeitos e governadores. Sem mencionar a falta de apoio aos trabalhadores, com sabotagem do auxílio emergencial, e aos pequenos e microempresários. O resultado é meio milhão de mortes, das quais cerca de 400 mil poderiam ter sido evitadas. O nome disso é genocídio.

Agora, sabe-se que, enquanto milhares de brasileiros morriam asfixiados todos os dias, um esquema de corrupção envolvendo a compra da vacina era tramado no Ministério da Saúde altamente militarizado de Bolsonaro. Uma política assassina e corrupta como essa não pode permanecer governando o Brasil. Bolsonaro deve cair já.

Com informações do PT Nacional

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