Manuela quer responsabilização de quem adulterou seu cadastro no SUS

Depois de alteração em cadastro de Gleisi e Boulos, Manuela d’Ávila aparece como morta no cadastro do SUS

Manuela D'Ávila com vereadoras de Porto Alegre

Candidata à prefeita de Porto Alegre em 2020, Manuela d’Ávila (PCdoB), anunciou ter ingressado com ação judicial para que seja corrigida sua inscrição no SUS (Sistema Único de Saúde). Além disso, ela diz estar estudando medidas cabíveis para que a pessoa que praticou o crime de adulteração seja responsabilizada.

No dia 15 passado, o mesmo aconteceu com a deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR), presidente nacional do PT — e ambas souberam do problema quando foram se vacinar contra a covid-19. Gleisi chegou a ser impedida de tomar a vacina.

O candidatado a prefeito de São Paulo em 2020 e coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos, também soube de alterações criminosas em seu cadastro no dia 19. Ataques de hackers também alteraram o cadastro dos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff (PT).

“O bolsonarismo está se infiltrando de uma maneira miliciana em todos os âmbitos da administração pública. Está colocando as garras das milícias digitais, do Gabinete do Ódio, no SUS, patrimônio do povo brasileiro”, afirmou Boulos à época.

O Ministério da Saúde reconheceu que a alteração ilegal dos dados pessoais de Boulos foi feita por “uma pessoa credenciada para utilizar o sistema” e não por um hacker. “Cabe esclarecer que já foi solicitado o bloqueio da credencial usada nestas ações”, afirmou o órgão à imprensa, sem anunciar qualquer medida punitiva à suposta “pessoa credenciada”.

Diante da resposta, o dirigente do movimento por moradia reclamou que não basta o governo Bolsonaro reconhecer que a alteração foi feita. “Eles precisam dizer quem é essa pessoa credenciada e o que será feito com relação a ela. Ou um servidor público poderá continuar alterando o cadastro de lideranças da oposição?”

Vivinha da silva

Manuela compartilhou uma foto de sua página no SUS nas redes sociais. Nela, é possível ver que logo abaixo de seu nome consta também uma “data de óbito”: 14 de outubro de 2018. Ela atribuiu o erro a um suposto ataque hacker de 2019, quando foram vazados os dados pessoais de 2,4 milhões de usuários do SUS.

“Pois bem, aí está: eles me mataram depois do primeiro turno da eleição [presidencial] de 2018”, explicou, referindo-se ao período em que concorreu como vice de Fernando Haddad (PT)]. “Tenho uma notícia para dar: estou vivinha da silva e na luta, apesar das ameaças permanentes que fazem. Vamos ver o Brasil feliz novamente”.

 
 
 
 
 
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A deputada Gleisi também constava como morta no cadastro do SUS — mas, diferentemente de Manuela, o erro a impediu de tomar a segunda dose da vacina contra a covid-19. O problema, segundo ela, foi resolvido dois dias depois.