Brasil na Olimpíada: 3 medalhas de ouro em menos de 12 horas

As primeiras colocações vieram no caiaque, boxe e futebol e fizeram com que os atletas olímpicos brasileiros conquistassem, pela primeira vez, três medalhas de ouro em um mesmo dia.

Futebol, boxe e canoagem conquistaram ouro para o Brasil l Foto: COB

O penúltimo dia de competições dos Jogos Olímpicos de Tóquio é o mais dourado de todos para o Brasil. Era quase meia noite da sexta-feira (6) no Brasil e quase meio dia de sábado (7) no Japão quando Isaquias Queiróz cruzou em primeiro lugar a linha de chegada depois de percorrer, em 4 minutos, 4 segundos e 408 centésimos, os 1000 metros da prova final da modalidade C1 100 do caiaque.

Ao comentar sua vitória, Isaquias lembrou sua trajetória difícil no interior da Bahia e se diz feliz por possibilitar alegria ao povo Brasil, que tem sofrido muito com os impactos da pandemia de Covid-19. O atleta lembrou que perdeu familiares e amigos e lamentou que tantos brasileiros tenham perdido a vida.  “Dedico muito a cada uma das famílias que perderam um ente querido para a Covid-19”, afirmou.

Poucas horas depois da vitória do canoísta, o baiano Hebert Conceição subiu ao ringue para também disputar o ouro contra o ucraniano Oleksandr Khyzniak na categoria até 75kg do boxe. Ao final dos seis primeiros minutos dos dois primeiros rounds, Hebert estava perdendo o combate devido ao massacre provocado pelos golpes do seu oponente. Iniciada a última etapa da luta, restava-lhe uma única alternativa: levar Khyzniak à lona com um nocaute certeiro. “Eram três minutos para mudar a cor da medalha, fui com tudo. Era loteria, se eu tomasse o nocaute, também não estaria perdendo nada porque eu já estava perdendo [a luta]. Que bom que eu consegui o nocaute, estou muito feliz”, afirmou o pugilista brasileiro.

A exemplo do outro baiano dourado do dia, Hebert também lembrou o momento difícil resultante dos impactos da pandemia de Covid-19 no Brasil e no mundo. “Espero ter proporcionado um pouco de felicidade e um breve sorriso, que tenha feito a diferença na vida de todos vocês. Espero que esse momento caótico no mundo passe logo para que a gente possa voltar a nossa vida ao normal”, finalizou o campeão olímpico.

Antes do meio dia no Brasil e meia noite no Japão, o futebol masculino brasileiro dourou mais uma vez a participação olímpica nacional. Num jogo muito disputado contra a entrosada seleção espanhola, a jovem seleção brasileira, comandada pelo veterano Daniel Alves (mais um baiano que se destacou nos Jogos de Tóquio), tornou-se bicampeã olímpica. O futebol pentacampeão mundial, que só havia vencido o campeonato olímpico nos jogos do Rio de Janeiro, em 2016, repetiu a dose. Em 120 minutos de um jogo tenso, com momentos de vantagem alternando-se entre os dois times, o Brasil venceu por 2 a 1 e se igualou à Argentina e ao Uruguai, únicos países que conquistaram o bicampeonato olímpico de futebol.

As conquistas brasileiras ainda poderão aumentar até o final da Olimpíada de Tóquio e mais duas medalhas de ouro poderão se somar à melhor participação brasileira na história dos Jogos Olímpicos. Na madrugada do último dia de competições, a seleção de vôlei feminino disputará o ouro contra o time dos Estados Unidos e a pugilista baiana Bia Ferreira  buscará a medalha de outro contra a  irlandesa Kellie Anne Harrington.

Com informações das agências

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