Rejeição a Bolsonaro cresce e vai a 54%, aponta pesquisa

É o pior momento para Bolsonaro desde sua chegada ao Planalto, em janeiro de 2019

A rejeição ao governo Jair Bolsonaro disparou nos últimos dez meses, saltando de 31% em outubro de 2020 para 54% neste mês de agosto. Apenas 23% dos eleitores aprovam hoje a gestão. Os dados são da nova pesquisa XP/Ipespe, divulgada nesta terça-feira (17).

É o pior momento para Bolsonaro desde sua chegada ao Planalto, em janeiro de 2019. A aprovação à maneira como o presidente governa também está em baixa – foi de 31% para 29% em um mês, enquanto a rejeição está em 63%.

A expectativa dos brasileiros em relação ao restante do mandato de Bolsonaro é igualmente negativa. Para 52%, o governo não apresentará avanços. Para 28%, pdoe haver uma melhoria.

Segundo a XP/Ipespe, o movimento de deterioração da imagem de Bolsonaro coincide com a escalada de tensão com o Poder Judiciário e, sobretudo, uma piora na percepção do eleitorado em relação à economia em um momento de maior pressão inflacionária.

No sábado (14), Bolsonaro disse que apresentará ao Senado pedidos de abertura de processos de impeachment contra os ministros Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF). A escalada golpista, sem precedentes, põe mais gasolina no incêndio mantido entre as instituições com o debate sobre o voto impresso. Aliás, essa pauta – a mudança para a impressão do voto – é rejeitada por 58% dos entrevistados pelo levantamento, enquanto 36% apoiam.

Do ponto de vista econômico, a pesquisa XP/Ipespe mostra que o grupo de eleitores que acreditam que o país está no caminho errado, em queda desde abril, cresceu quatro pontos percentuais voltou ao patamar registrado em maio: 63%. Com relação à pandemia de Covid-19, a soma das pessoas que já se vacinaram com as que dizem que vão se vacinar “com certeza” atingiu seu maior patamar, chegando a 96%.

As avaliações da atuação de Bolsonaro em relação à pandemia de Covid-19, por outro lado, mostraram poucas mudanças. De um lado, 59% continuam com percepção negativa das ações do presidente. Do outro, oscilou negativamente um ponto percentual o grupo que classifica como positiva a postura, passando a representar 21% dos entrevistados.

A XP/Ipespe ouviu mil eleitores, por telefone, entre 11 e 14 de agosto. A margem de erro é de 3,2 pontos percentuais.

Com informações da Infomoney