Mobilização total para derrotar a reforma administrativa de Bolsonaro

Protesto deste 18 de agosto tem como alvo a PEC 32, que ameaça os direitos trabalhistas e serviços públicos essenciais para o povo

Esta quarta-feira, 18 de agosto, é um Dia Nacional de Luta, com greve geral e manifestações dos trabalhadores e trabalhadoras do setor público em todo o país. O protesto tem um alvo: a reforma administrativa do governo Bolsonaro, traduzida na Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 32, que ameaça os direitos trabalhistas e serviços públicos essenciais para o povo.

Sob a liderança dos sindicatos que representam as categorias reunidas no setor, foram realizadas nesta terça-feira (17) várias reuniões, debates e seminários de mobilização.

As lideranças alertam que a PEC 32 representa o desmonte dos serviços públicos, inclusive nas áreas de saúde, educação e segurança. O projeto de Bolsonaro contempa os interesses da elite econômica de diminuir o papel social do Estado enquanto responsável pela elaboração de projetos de interesse da população mais pobre.

As centrais sindicais estão engajadas no processo de mobilização e marcarão presença nas paralisações e manifestações convocadas pelos organizadores do 18 de agosto. “Militantes e dirigentes da CTB não devem medir esforços para garantir o sucesso do dia 18”, conclama presidente da CTB, Adilson Araújo.

Segundo ele, o governo Bolsonaro “ainda não esgotou a sua agenda de destruição dos direitos e das conquistas do nosso povo, mas tenta a todo custo impor a sua política reacionária”. A PEC 32 é a consumação do chamado Estado mínimo sonhado pelos neoliberais, segundo o sindicalista. “Querem um Estado que seja mínimo para o povo, ou seja sem seguridade social e serviços essenciais, e máximo para os grandes capitalistas”, denunciou.

Os neoliberais alegam que a economia não suporta o custo da Constituição, uma ideia falsa que orienta a política destrutiva. “A PEC 32 praticamente acaba com os concursos públicos e o direito à estabilidade do servidor. Vai garrotear a seguridade, degradando ainda mais a previdência, a assistência e a saúde pública”, diz Adilson.

O objetivo é subtrair os recursos destinados à seguridade, e também reduzindo dispêndios com salários e direitos dos trabalhadores, para transferir o dinheiro, por vias transversas, para o bolso dos rentistas, que conseguiram emplacar um fiel representante no comando do Ministério da Economia.

“A intenção maior é podar direitos e garantias da maioria da população carente e daqueles que mais necessitam”, observa. No mesmo diapasão segue a boiada da entrega das estatais brasileiras, um patrimônio público, para o capital estrangeiro.

“É preciso dar um basta a tudo isto, barrar a agenda de retrocessos e afastar Bolsonaro da Presidência. Por isto, orientamos o conjunto da militância e das direções da CTB a redobrar os esforços de mobilização e ocupar a linha de frente da greve geral e das manifestações deste 18 de agosto em todo o território nacional”, conclamou o presidente da CTB.

Dirigida pelos companheiros João Paulo, o JP, e Marquinhos, a Secretaria Nacional de Serviços Públicos da CTB entende que essas ações fazem parte de uma unidade ampla de todas as centrais sindicais. É preciso denunciar que a PEC 32 não atinge apenas os trabalhadores e trabalhadoras do setor público.

“Ele acaba com os serviços públicos no futuro, é privatização total. A população tem de saber disto. Os mais prejudicados serão os estados e municípios”, afirma JP. “Quem votar nesta PEC não volta para Brasília, não vai ser reeleito. Este é o recado do dia 18 de agosto.”

Com informações do Portal CTB