Custo Bolsonaro despenca investimento, traz inflação e miséria em alta

Com ameaças golpistas, Bolsonaro alimenta uma crise política que contamina diretamente o cenário econômico

Fotomontagem feita com as fotos de: Anni Roenkae/Pexels; Adriano Machado/Reuters; Sérgio Lima/Poder 360; Mathilde Missioneiro/Folhapress; Marcos Corrêa/PR

Nos últimos 12 meses, o Brasil viu despencar os investimentos estrangeiros no setor produtivo. De aproximadamente US$ 70 bilhões caiu para US$ 24 bilhões e a situação ainda piora com as empresas brasileiras que exportam commodities, por exemplo, preferindo manter seus dólares fora do país. Essa situação contribui com alta da moeda norte-americana que contamina diretamente a inflação, juros e miséria em alta.

Em reportagem neste domingo (22), o jornal Folha de S.Paulo denomina o movimento como “Custo Bolsonaro”. Grande parte dessa alta do dólar é transmitida diretamente para a inflação, via produtos importados ou commodities cotadas em dólar, como petróleo e gás, proteína animal e trigo.

De acordo com a reportagem, o Custo Bolsonaro é identificado como a transmissão para a economia da instabilidade política alimentada diariamente por Bolsonaro, com declarações golpistas, confronto com outros Poderes e questionamentos sobre o processo eleitoral.

“Com menos crescimento e com dólar, inflação e miséria em alta, a expectativa é que Bolsonaro crie subterfúgios para gastar mais para tentar se reeleger. Hoje, o presidente está longe de ser o favorito no pleito de 2022”, explicou o jornal.

O chamado Custo Bolsonaro, agora turbinado pela expectativa de descontrole no gasto público, também leva investidores a buscar proteção no dólar, alimentando um ciclo vicioso.

“Nele, o dólar alto pressiona a inflação, sobretudo pelo canal das commodities, o que obriga o Banco Central a subir os juros para controlar os preços. Como o juro mais alto corrige a dívida pública, ela cresce. Para atrair investidores dispostos a financiá-la, o BC pode se ver obrigado a subir ainda mais os juros, tornando a dívida ainda maior”, diz a reportagem.

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