Brasil volta a acelerar médias de mortes e contágios por covid-19

Aumento pode não ser consistente, conforme a comparação seja com a semana posterior ao feriado prolongado, quando há poucos funcionários notificando os dados. Também houve correção no sistema de notificações.

Vacinação de adolescentes a partir de 12 anos em Salvador. Fotos: Jefferson Peixoto/Secom

O número de pessoas infectadas desde o início da pandemia de covid-19 no Brasil subiu para 21.238.567. Em 24 horas, foram registrados 36.473 novos diagnósticos positivos. Ontem, o número de casos acumulados estava em 21.247.094.

A média móvel nos últimos 7 dias foi de 35.763 diagnósticos por dia, o que resulta em uma variação de +96% em relação aos casos registrados na média há duas semanas, passando a indicar tendência de alta. A média saltou acima de 30 mil devido à inserção de dezenas de milhares de casos represados após um ajuste no sistema que concentra esses dados. 

Já o total de pessoas que não resistiram à pandemia até o momento é de 592.316 pessoas. Entre ontem e hoje, foram confirmadas pelas autoridades de saúde 876 novas mortes. Ontem, a compilação de dados do Ministério da Saúde contabilizava 591.440 óbitos.

Com isso, a média móvel de mortes nos últimos 7 dias ficou em 531. Em comparação à média de 14 dias atrás, a variação foi de +16% e aponta tendência de alta –voltando a indicar aumento pela primeira vez desde 21 de junho (pouco mais de 3 meses). Existe a probabilidade desse aumento ser resultado da comparação com o período posterior ao feriado prolongado, quando há poucas notificações epidemiológicas.

O número de pessoas que se recuperaram da covid-19 foi para 20.295.538. Isso corresponde a 95,4% das pessoas infectadas no Brasil desde o início da pandemia.

Ainda há 395.713 casos em acompanhamento. O nome é dado ao número de casos ativos de pessoas que tiveram o diagnóstico confirmado e estão sendo atendidas por equipes de saúde ou se recuperando em casa.

Ainda há 3.271 mortes em investigação. Isso porque em muitos casos o paciente morre e a análise sobre a causa continua mesmo após o óbito.

Os dados em geral são menores aos domingos e segundas-feiras em razão da dificuldade de alimentação do sistema pelas secretarias estaduais. Já às terças-feiras, os resultados tendem a ser maiores pela regularização dos registros acumulados durante o fim de semana.

Estados

No topo do ranking de mortes por estado estão São Paulo (148.495), Rio de Janeiro (65.227), Minas Gerais (54.162), Paraná (38.624) e Rio Grande do Sul (34.661). Na parte de baixo da lista estão Acre (1.835), Amapá (1.975), Roraima (1.988), Tocantins (3.752) e Sergipe (6.006).  

Nove estados aparecem com tendência de alta nas mortes: AC, TO, PA, PR, ES, SP, MG, GO, RJ. São 11 os estados e o DF) em queda de mortes (DF, RN, MT, AL, MA, SE, AM, PI, RR, MS, CE, RO). Outros seis estados estão em estabilidade.

Vacinação: 39,10%

Mais de 39% da população brasileira completou o esquema vacinal e está totalmente imunizada contra a Covid. Foram aplicadas 83.397.254 doses de imunizantes (segunda dose ou dose única) em 39,10% da população, de acordo com dados são do consórcio de veículos de imprensa divulgados às 20h desta quarta-feira (22).

Os que estão parcialmente imunizados são 143.056.255 pessoas, o que corresponde a 67,06% da população.

A dose de reforço foi aplicada em 426.210 pessoas (0,20% da população).

Somando a primeira dose, a segunda, a única e a de reforço, são 226.879.719 doses aplicadas desde o começo da vacinação.

De ontem para hoje, a primeira dose foi aplicada em 430.963 pessoas, a segunda em 1.077.326, a dose única 4.598, e a dose de reforço em 47.391, um total de 1.558.290 doses aplicadas.

Os estados com maior porcentagem da população imunizada (com segunda dose ou dose única) são o Mato Grosso do Sul (53,90%), São Paulo (51,96%), Rio Grande do Sul (44,57%), Espírito Santo (40,21%) e Paraná (40,12%).

Já entre aqueles que mais tem sua população parcialmente imunizada estão São Paulo (78,22%), Rio Grande do Sul (69,44%), Distrito Federal (69,34%), Santa Catarina (69,11%),e Paraná (68,45%). 24 estados e o Distrito Federal têm mais da metade de sua população com a primeira dose aplicada. Apenas Pará (49,13%) e Roraima (42,76%) não alcançaram este número.

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