Deputadas celebram os 33 anos da Constituição Cidadã
Constituição Federal de 1988 foi resultado de um grande pacto social construído pela sociedade brasileira após 21 anos de regime autoritário.
Publicado 05/10/2021 18:55 | Editado 06/10/2021 00:16
A Constituição foi promulgada há 33 anos, em 5 de outubro de 1988, após 20 meses de instalação da Assembleia Nacional Constituinte, responsável pela elaboração do documento.
O texto instituiu novas relações econômicas, políticas e sociais, como a implementação do Sistema Único de Saúde (SUS) e a determinação de uma educação igualitária para todos, além da regulação da jornada de trabalho para oito horas diárias e a instituição das licenças maternidade, de 120 dias, e paternidade.
Na passagem desta importante data, parlamentares da Bancada comunista destacaram a importância da Carta que consolidou a transição da ditadura para a democracia.
A deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) destacou que a Constituição de 88 foi feita com muita colaboração da sociedade brasileira, que “contribuiu para imprimir no texto constitucional muitas demandas que foram reprimidas e acumuladas durante o período autoritário”.
“Essa Constituição, infelizmente, vem sendo violada, violentada, agredida todos os dias por este governo que hoje lamentavelmente comanda o Brasil”, criticou, referindo-se às revelações que o ministro da Economia, Paulo Guedes, e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, possuem empresas em paraísos fiscais.
“Eles não podem mais ocupar os cargos que ocupam, porque nesse momento o povo brasileiro não consegue se alimentar, não consegue pagar o gás de cozinha”, afirmou.
Em uma rede social, a deputada Perpétua Almeida (PCdoB-AC) também reagiu às possíveis violações dos princípios constitucionais e atos de Improbidade administrativa por parte de importantes autoridades do governo. “Seguiremos lutando para evitar o desmonte que Bolsonaro e Guedes patrocinam contra a nossa lei maior”, escreveu no Twitter.
Por sua vez, a deputada Alice Portugal (PCdoB-BA) reforçou a resistência aos ataques aos direitos democráticos e ao papel do Estado na promoção do bem estar social.
“A voz da mudança que queremos, a garantia de Direitos Fundamentais, como Educação, saúde, emprego, proteção à infância. A nossa Constituição é e sempre será mais forte do que os ataques contínuos, como a PEC 32, que tem sofrido desse governo”, disse.