Rejeição ao governo Bolsonaro cresce e vai a 53%, aponta pesquisa

Houve um aumento de cinco pontos percentuais na desaprovação ao governo

A rejeição popular ao governo Jair Bolsonaro continua a crescer. Segundo pesquisa da Quaest Consultoria, encomendada pela Genial Investimentos e divulgada nesta terça-feira (5), 53% dos brasileiros avaliam a gestão bolsonarista de forma negativa.

Houve um aumento de cinco pontos percentuais na desaprovação ao governo, na comparação com a rodada anterior, feita no início de setembro. Para 24%, o governo é regular (eram 26%). A gestão só é vista como positiva por 20% (eram 23%).

O levantamento também indicou a perda de apoio do governo em sua base de eleitores em 2018. Conforme a pesquisa, 41% dos que votaram em Bolsonaro há três anos analisam o governo de forma positiva, ante 47% na pesquisa anterior. Para 32%, ele é regular. Para 26%, é negativo (eram 19%).

Entre os eleitores de Fernando Haddad, 81% veem o governo de forma negativa (eram 74%). A gestão é regular para 15% (eram 18%) e positiva para 3% (eram 6%).

Já na sondagem para as eleições de 2022, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva lidera em todos os cenários. As intenções de voto no petista variam entre 43% e 46% no primeiro turno.

Na média estimada dos oito cenários apresentados para o primeiro turno, Lula aparece com 45%, seguido por Bolsonaro, com 26%. O ex-ministro Ciro Gomes (PDT) marca 11%. A pesquisa contou pela primeira vez com uma simulação envolvendo uma virtual candidatura de Luiza Trajano, da rede Magazine Luiza, que tem sido cotada para ser vice em chapa encabeçada por Lula. A empresária, que nega as especulações, desponta com 4% das intenções de voto.

No segundo turno, Lula venceria Bolsonaro (53% a 29%), Ciro (49% a 26%), o ex-juiz Sergio Moro (52% a 26%), Luiza Trajano (54% a 17%), o governador paulista João Doria, do PSDB (54% a 16%), o governador gaúcho Eduardo Leite, também tucano (55% a 15%), e o presidente do Senado Rodrigo Pacheco, do PSD (56% a 14%).

O levantamento também aponta Lula como o melhor candidato para resolver problemas centrais do Brasil. Para 37%, ele é o mais indicado para enfrentar os problemas ligados à Saúde (Bolsonaro tem 19%). Lula ainda é o preferido para lidar com desafios na segurança pública (29%), na corrupção (28%), na economia (44%) e na resolução de brigas políticas (35%).

A pesquisa Quaest/Consultoria ouviu 2.048 pessoas, em 123 municípios brasileiro, de 30 de setembro a 3 de outubro. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais, para mais ou para menos.

Com informações da CartaCapital