Parlamentares condenam novo reajuste do combustível e gás de cozinha

Petrobras sobe preços em 7,2% para compensar parcialmente alta das cotações internacionais e dólar

Foto: Pedro Ventura/Agência Brasil

Um novo reajuste no valor da gasolina e do gás de cozinha vai pesar ainda mais no orçamento dos brasileiros. Nesta sexta-feira (8), a Petrobras anunciou aumentos de 7,2% nos preços da gasolina e do gás de cozinha em suas refinarias. O preço do óleo diesel, que foi reajustado na semana passada, permanecerá estável.

Segundo a estatal, o litro da gasolina vendida por suas refinarias passará de R$ 2,78 para R$ 2,98, um reajuste médio de R$ 0,20. No entanto, até a gasolina chegar ao consumidor são acrescidos tributos federais e estaduais; custos para aquisição e mistura obrigatória de etanol anidro; além dos custos e margens das companhias distribuidoras e dos revendedores. Já o quilo do gás de cozinha passará de R$ 3,60 para R$ 3,86, alta de R$ 0,26. Assim, os 13 quilos necessários para encher um botijão custarão na refinaria o equivalente a R$ 50,15.

O novo aumento foi criticado por parlamentares do PCdoB. “Absurdo! Gasolina e botijão de gás ficarão mais caros. Petrobras vai reajustar o preço em mais de 7% a partir deste sábado. Em ambos os casos são reajustes para as distribuidoras, ou seja, o aumento do preço final para o consumidor será diferente”, destacou a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ).

A deputada Perpétua Almeida (PCdoB-AC) endossou a crítica e reforçou a necessidade de união para tirar Bolsonaro da Presidência antes que ele acabe com o país. “Quem aguenta?! Ou nos unimos todos no #ForaBolsonaro ou Bolsonaro destrói de vez o nosso país”, disse.

O PCdoB é uma das legendas críticas à política de preços adotada desde o golpe de Michel Temer em Dilma Rousseff e que foi mantida por Bolsonaro. Desde 2016, a Petrobras adota o conceito conhecido como “paridade de importação”, que calcula quanto custaria a venda, no mercado brasileiro, de combustível comprado nos Estados Unidos. A ação de Temer foi fundamental para agradar o mercado financeiro e promover a alta do preço dos combustíveis, além do gás de cozinha, sacrificando ainda mais a renda do brasileiro.

“É inaceitável a manutenção dessa lógica injusta, com os preços internos vinculados às oscilações dos mercados pelo mundo. Enquanto isso, gasolina, diesel e gás de cozinha só aumentam para os brasileiros. Quem sofre com essa escalada de preços é o povo”, condena o líder do PCdoB na Câmara, Renildo Calheiros (PE).

“Inflação de 8%. Muito mais que isso na vida real, com combustível, gás de cozinha e alimentos da cesta básica acumulando altas de 20%, 30%. A correção dos aluguéis nem se fala, surreal, mais de 30%. E o Paulo Guedes? “Está sob controle”. Controle de quem? Lunático!”, postou o deputado Orlando Silva (PCdoB-SP).

Para o senador Romário (PL-RJ), Paulo Guedes também perdeu o controle da situação. “Brasileiro enfrentando pandemia, desemprego, inflação de alimentos, combustível, gás de cozinha, alta na conta de luz e o ministro da Economia, que deveria apresentar alguma solução, parece não se dar conta de seu papel”, criticou.

O líder da minoria na Câmara, Marcelo Freixo (PSB-RJ), lembrou que a gasolina subiu de novo e o valor do ICMS continua o mesmo. “O responsável pela explosão nos preços dos combustíveis não são os governadores, é Bolsonaro”, resumiu.

“Os preços da gasolina e do gás de cozinha vão subir DE NOVO em mais de 7%. A partir de amanhã, o reajuste já estará valendo. É alto demais o custo que o governo Bolsonaro impõe ao povo, que já é extremamente castigado. #ForaBolsonaro”, reagiu no Twitter o líder da oposição, Alessandro Molon (PSB-RJ).

Fonte: Liderança do PCdoB na Câmara dos Deputados