Senadores prometem derrubar veto de Bolsonaro sobre absorventes femininos

Para a senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA), o presidente demonstrou “insensibilidade e desprezo” com as mulheres. “O veto demonstra o atraso do governo em avançar em ações que realmente importam”, criticou

Protesto na embaixada brasileira em Paris contra veto de Bolsonaro (Foto: Reprodução)

No Brasil uma em cada quatro meninas deixam de frequentar a escola no período menstrual por falta de absorventes, segundo dados do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). Essa situação alarmante levou o Congresso a aprovar o Programa de Proteção e Promoção da Saúde Menstrual, mas Bolsonaro vetou na lei a distribuição gratuita de absorventes higiênicos para mulheres em situação de vulnerabilidade, como moradoras de rua e estudantes de baixa renda.

Senadores de diversos partidos estão se mobilizando para derrubar o veto presidencial. “O Congresso precisa derrubar o veto de Bolsonaro para demonstrar que, ao contrário dele, os parlamentares se importam com o fato de que uma em cada quatro meninas faltam aulas por não terem acesso a absorventes”, tuitou a senadora Zenaide Maia (Pros-RN), que foi a relatora do PL 4.968/2019, da deputada Marília Arraes (PT-PE), aprovado pelo Senado em 14 de setembro.

Para a senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA), o presidente demonstrou “insensibilidade e desprezo” com as mulheres. “O veto demonstra o atraso do governo em avançar em ações que realmente importam”, criticou.

O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) também considerou a medida insensível. “Prioridades! Vamos lutar pela derrubada desse veto!”, prometeu. A derrubada do veto foi defendida também pela Procuradora Especial da Mulher no Senado, senadora Leila Barros (Cidadania-DF): “fornecer itens básicos de higiene é garantir um mínimo de dignidade aos mais pobres. Vamos batalhar para derrubar este veto”, tuitou.

Na avaliação do líder do PT no Senado, senador Paulo Rocha (PA), o veto foi mais um ataque do presidente aos pobres. “Só uma pessoa que não tem a menor consciência humana, pode negar um direito básico como esse”, alegou o senador via Twitter.

Com informações da Agência Senado

Autor