Milhares protestam por ações climáticas em mais de 10 países

De acordo com o Poder 360, atos vêm na esteira das críticas da ativista Greta Thunberg, que classificou a COP26 como “fracasso”.

Protestos contra inação em combater as mudanças climáticas reuniu 100.000 pessoas em Glasgow.

A reivindicação por mais ações para combater as mudanças climáticas reverberaram para além de Glasgow, cidade escocesa que sedia a COP26 desde 31 de outubro, conforme informações do Poder 360. O movimento marca a metade da principal conferência pelo clima do mundo, que termina na próxima 6ª feira (12.nov.2021).

Além do Reino Unido, houve manifestações neste sábado (6.nov.2021) nas Filipinas, França, Coreia do Sul, Turquia, Indonésia, Holanda, Dinamarca, Irlanda, Austrália e Bélgica. Mais de 100.000 foram às ruas em Glasgow, segundo informações do Washington Post.

Os protestos vêm na esteira das duras críticas da ativista sueca Greta Thunberg, nesta 6ª (5.nov). A jovem de 18 anos classificou a COP26 como um “fracasso”“Esse encontro é uma celebração de duas semanas, como sempre e blá blá blá. Só serve para manter as coisas como de costuma e criar brechas para beneficiar eles mesmos [quem está no poder], afirmou.

Em Paris, centenas de ativistas se reuniram no centro da cidade. Os manifestantes classificaram as 10 nações mais poluidoras do clima do mundo –ranking que incluiu o Brasil e o presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

Além do líder brasileiro, havia ainda grandes retratos do presidente francês Emmanuel Macron, a chanceler alemã Angela Merkel e o primeiro-ministro britânico Boris Johnson. Em cada rosto estava escrito: “inação climática = crime contra a vida”

Outros líderes eram os presidentes dos EUA, Joe Biden; da Rússia, Vladimir Putin; e da China, Xi Jinping, além dos primeiros-ministros da Índia, Narendra Modi, do Canadá, Justin Trudeau, e o ex-premiê do Japão, Yoshihide Suga.

Em Londres, manifestantes carregaram cartazes com exclamações de “Socorro!” sobre uma imagem da Terra. A multidão caminhou por mais de 3 quilômetros. Em Amsterdã, a organização afirmou que mais de 40.000 pessoas participaram das marchas.

Atos em favor do carvão na polônia

Na contramão, cerca de 200 trabalhadores do setor de energia da Polônia foram para a frente do escritório da UE (União Europeia) em Varsóvia para pedir que o bloco pare de desencorajar o fim do uso do carvão – uma das fontes de energia mais poluentes.

Os sindicatos afirmam que o movimento é o responsável pelo aumento dos preços da energia no país –e a potencial demissão dos funcionários. A indústria do carvão é um dos setores que mais empregam na Polônia. Dali vem a metade da geração de eletricidade do país. O governo polonês já tem planos de mudar parte da matriz para a energia nuclear.

Fonte: Poder 360