Greve na EBC é a maior da história da empresa

Jornalistas e radialistas estão há 19 dias de braços cruzados, com cerca de 70% de adesão ao movimento. Trabalhadores denunciam intransigência da direção da empresa comandada por Glen Valente.

(Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

A greve dos jornalistas e radialistas da EBC completou 19 dias nesta terça-feira (14), em clima de comemoração das vitórias parciais que a categoria obteve ao longo do período de paralisação, que teve início em 26 de dezembro, depois que a direção suspendeu o Acordo Coletivo de Trabalho, que vinha sendo renovado mês a mês.

Entre as conquistas até o momento, está o percentual de reposição. A diretoria da emissora se recusava a conceder qualquer aumento. Com a greve, passou inicialmente para 7% e, agora, a última proposta, que deve ser considerada pelo Judiciário, foi de 11,09%.

O Banco de Horas também foi derrotado em Assembleia histórica, com totalidade de quase 600 votos, com direito a vans enviadas pela diretoria e até dispensa do trabalho na parte da tarde.

De acordo com os grevistas, os profissionais da emissora foram a dissídio após terem as negociações emperradas por pelo menos 15 meses. A questão da progressão salarial, que está atrasada há 2 anos ilegalmente, agora também estará nas mãos da Justiça.

Os trabalhadores da emissora seguem em greve, lutando contra os retrocessos, para que as cláusulas sociais do ACT sejam mantidas.

Em nota, os grevistas se manifestaram contra a privatização da EBC. “Extinguir ou privatizar a EBC ficou mais difícil! Sabem que estamos e estaremos prontos para reagir em 2022 contra qualquer avanço nesse sentido. A EBC é do povo, das trabalhadoras e trabalhadores!”, defenderam.

Segundo a nota, as entidades sindicais já se colocaram à disposição do TST para conseguir um acordo digno e superar a intransigência da empresa. “Lembrando que a direção já tentou intimidar os piquetes na frente da EBC em Brasília, inclusive chamando a polícia, por 3 dias, para abordar os funcionários. Mas não nos intimidam! A greve segue!”, conclui o texto.

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