Desemprego atinge 12,4 milhões; renda média dos trabalhadores cai

Trabalhadores tiveram o menor rendimento da série histórica do IBGE, iniciada em 2012

O Brasil tinha 12,4 milhões de trabalhadores desempregados no trimestre encerrado em novembro de 2021, quando a variante ômicron do novo coronavírus não havia chegado, ainda, ao País. São brasileiros com ao menos 14 anos que, naquele período, procuraram um posto de trabalho, mas não encontraram.

Conforme a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, divulgada nesta sexta-feira (28) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a taxa de desemprego recuou para 11,6%. Já o número de trabalhadores desalentados – que nem sequer buscaram emprego – é de 4,9 milhões, o equivalente a 4,4%. Juntos, desempregados e desalentados somam 17,3 milhões.

O trimestre móvel coincide com a relativa estabilização da pandemia no País e abertura de mais vagas no mercado de trabalho. Além disso, pesou o fator sazonal. “Esse resultado acompanha a trajetória de recuperação da ocupação que podemos ver nos últimos trimestres da série histórica da pesquisa”, diz Adriana Beringuy, coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE. “O crescimento também já pode estar refletindo a sazonalidade dos meses do fim de ano, período em que as atividades relacionadas principalmente a comércio e serviços tendem a aumentar as contratações.”

A população ocupada abrange 94,9 milhões de empregados, empregadores e funcionários públicos. Porém, como o aumento do número de empregos se deu à base, sobretudo, de trabalhos informais e precários, a Pnad registrou queda de 4,5% na renda média real do trabalho. Assim, no trimestre analisado, a renda média do trabalhador foi de R$ 2.444 – o menor rendimento da série histórica do IBGE, iniciada em 2012.

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