Russos criticam propaganda anti-Rússia e ucranianos clima de pânico

Em meio a clima crescente de tensão provocada pelos EUA, chanceler russo acusa Washington de fazer ‘propaganda’ anti-Rússia em uma ligação com seu colega norte-americano Blinken. A autoridade ucraniana também reclama do tensionamento provocado pelos EUA.

Governo ucraniano tenta amenizar clima de pânico, mas população insuflada pelos EUA e Europa vai às ruas contra Putin

O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, acusou os EUA de tentar provocar um conflito na Ucrânia e culpou Washington de fazer uma “campanha de propaganda” contra Moscou em um telefonema com seu colega norte-americano Antony Blinken.

Em uma leitura de um telefonema com Antony Blinken, dos EUA, Lavrov também disse que Washington e Bruxelas ignoraram as principais demandas de segurança russas.

Enquanto isso, o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky também criticou os EUA ao dizer que os constantes avisos de agressão russa estavam alimentando “pânico” depois que o conselheiro de segurança nacional dos EUA alertou sobre uma iminente invasão russa. Ele exigiu ver provas firmes de uma invasão planejada.

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy, diz que o pior inimigo é o pânico no país

Milhares de ucranianos se reuniram para mostrar unidade em meio a temores de uma invasão russa, enquanto o líder da Ucrânia disse às pessoas para não entrarem em pânico e rechaçou o que ele disse ser um excesso de previsões sombrias de guerra relatadas na mídia.

“Neste momento, o maior inimigo do povo é o pânico em nosso país. E todas essas informações estão apenas provocando pânico e não nos ajudando”, disse ele.

Mais cedo, o Departamento de Estado dos EUA ordenou que seus funcionários não emergenciais da embaixada na Ucrânia deixassem o país. Vários países, incluindo o Reino Unido, seguiram o exemplo.

Biden, Macron e Putin conversam

Uma ligação entre o presidente dos EUA, Joe Biden, e seu colega do Kremlin, Vladimir Putin, sobre as tropas russas reunidas ao lado da Ucrânia terminou após uma hora e dois minutos, segundo a Casa Branca. Ainda não foi divulgado o conteúdo da conversa.

Um navio da Marinha russa afugentou um submarino dos EUA em águas russas no Pacífico depois que o submarino ignorou uma ordem russa de emergir, segundo disse a agência de notícias Interfax, baseada em relato do Ministério da Defesa.

O presidente francês Emmanuel Macron disse ao líder russo Vladimir Putin que negociações sinceras eram incompatíveis com uma escalada nas tensões sobre a Ucrânia, segundo o Palácio do Eliseu.

Após a viagem do presidente francês a Moscou no início desta semana, Macron e Putin discutiram maneiras de avançar na implementação dos Acordos de Minsk, bem como condições de segurança e estabilidade na Europa.

A ligação durou quase 90 minutos, disse o Eliseu.

Soldados americanos recuam

Washington está retirando quase todos os soldados restantes da Ucrânia, anunciou o Pentágono, enquanto as tensões aumentam sobre uma possível invasão russa ao país do leste europeu.

O secretário de Defesa Lloyd Austin “ordenou o reposicionamento temporário dos 160 membros da Guarda Nacional da Flórida” que estavam no país “aconselhando e orientando as forças ucranianas”, disse o porta-voz do Pentágono, John Kirby, em comunicado.

O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov
Lavrov diz que Washington e Bruxelas ignoraram as principais demandas de segurança russas
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