Cinemateca Brasileira terá nova diretoria a partir desta sexta (4)

Instituição conserva o maior acervo audiovisual da América Latina e está fechada há dois anos.

© Rovena Rosa/Agência Brasil

A Cinemateca Brasileira, instituição responsável pela preservação da produção audiovisual do país e que conserva o maior acervo da América do Sul, terá nova diretoria a partir de amanhã (4). A instituição ficou quase dois anos fechada e sofreu incêndio em um galpão, em julho do ano passado com perda de parte do acervo. 

Houve várias mobilizações em defesa do museu, como uma manifestação presencial realizada em junho de 2020, com a leitura de manifesto assinado por 42 entidades brasileiras e 40 internacionais. A falta de gestão e o incêndio foram vistos como parte de um processo de abandono da gestão pública sobre museus e instituições culturais, devido a prejuízos semelhantes em outros museus.

A professora titular aposentada da Escola de Comunicações e Artes (ECA) da Universidade de São Paulo (USP) Maria Dora Mourão foi eleita, no último dia 25, como diretora-geral. Gabriela de Sousa Queiroz e Marco Antonio Alves foram nomeados, respectivamente, para as Diretoria Técnica e Administrativa Financeira. O mandato da nova diretoria será de quatro anos.

Os diretores foram eleitos pelo Conselho de Administração da Organização Social (OS) Sociedade Amigos da Cinemateca (SAC), que faz a gestão da instituição. A SAC já chegou a gerir a Cinemateca Brasileira, de 2008 a 2013. Foi substituída pela Rede Nacional de Pesquisa (RNP, de 2014 a 2015). E depois pela Associação de Comunicação Educativa Roquette Pinto (Acerp, de 2016 e 2018, quando o governo rompeu o contrato). 

Em novembro de 2021, a Secretaria Especial da Cultura, do Ministério do Turismo, selecionou a SAC em edital para celebração de contrato de gestão da Cinemateca Brasileira. A entidade é responsável pela execução de atividades de guarda, preservação, documentação e difusão do acervo audiovisual da produção nacional por meio da gestão, operação e manutenção da Cinemateca.

O orçamento previsto para 2022 é de R$ 14 milhões. O contrato com a SAC tem vigência de cinco anos e vai até dezembro de 2026. 

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