Reunião entre Rússia e Ucrânia tem primeiros resultados positivos

Apesar das posições ainda distantes, um dos participantes declarou que foi possível encontrar um entendimento mútuo

Representantes da Rússia e da Ucrânia reuniram-se nesta quinta-feira (3) em Belarus, na segunda rodada de conversas entre os dois países desde o início da ação russa definida como “operação militar especial” iniciada há uma semana e que já ocupa grande parte do território ucraniano.

O chefe da delegação russa, Vladimir Medinsky, afirmou avaliou que houve “progresso substancial” nas negociações e que Moscou e Kiev concordaram em estabelecer corredores humanitários para a saída da população e a transferência de alimentos e remédios, além de analisar a possibilidade de um possível cessar-fogo temporário.

Por sua vez, o assessor do chefe do Gabinete do Presidente da Ucrânia, Mikhail Podoliak, apesar de afirmar que a delegação de Kiev não obteve os resultados esperados, informou que foi discutido “detalhadamente o aspecto humanitário”.

Podoliak, confirmando o que disse o representante russo, declarou “as partes chegaram a um entendimento para garantir conjuntamente corredores humanitários para evacuar a população civil, bem como fornecer remédios e alimentos aos locais de combates mais intensos”.

Ele observou que Moscou e Kiev também discutiram a possibilidade de decretar um cessar-fogo temporário nos locais onde a evacuação está ocorrendo e concordaram em continuar trabalhando em uma terceira rodada o mais rápido possível.

A operação

A Rússia iniciou uma operação militar na Ucrânia em 24 de fevereiro, depois que as autoridades das autoproclamadas Repúblicas Populares de Donetsk (DPR) e Lugansk (LPR) solicitaram ajuda para repelir a agressão de Kiev.

Anteriormente, Moscou reconheceu a independência e soberania de ambos os territórios e assinou tratados de amizade, cooperação e assistência mútua com seus líderes, que incluíam o estabelecimento de relações diplomáticas e ajuda militar.

O presidente russo, Vladimir Putin, em um discurso televisionado para informar sobre o início da operação, afirmou que o objetivo é proteger a população de Donbass dos abusos e genocídios cometidos por Kiev nos últimos oito anos e “desmilitarizar” a Ucrânia.

No entanto, em 28 de fevereiro, em conversa telefônica com o presidente francês, Emmanuel Macron, o presidente russo formulou duas outras condições para uma solução diplomática: o reconhecimento de que a Crimeia pertence à Rússia e as garantias de neutralidade da Ucrânia.

Com informações das agências Prensa Latina e Reuters

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