De Lula a Bolsonaro: gasolina nunca subiu tanto como em 2022
Os combustíveis nunca tiveram uma alta tão forte. De março de 2021 até hoje, o aumento registrado foi de 21%
Publicado 16/03/2022 13:33 | Editado 16/03/2022 18:12
Consumidores de todo o Brasil já estão sentindo no bolso o aumento de preço dos combustíveis derivados de petróleo. Segundo o Sistema de Levantamento de Preços da Agência Nacional do Petróleo (ANP), no período entre 06/03/2022 e 12/03/2022 o diesel e gasolina chegaram, respectivamente, aos preços máximos ao consumidor de R$ 7,569 e R$ 8,770.
Tomando como base para comparação o mês de março desde o primeiro ano do governo Lula até o atual governo Bolsonaro – de 2003 a 2022 – é possível ver que o susto do consumidor faz todo o sentido. Até esta quinta-feira (15) de março, os combustíveis nunca tiveram uma alta tão forte. De março de 2021 até hoje, o aumento registrado foi de 21%.
Durante o mesmo período, o salário mínimo, por exemplo, foi reajustado em 10,18%. Assim, se em 2021 um cidadão comprava 200,5 litros de gasolina com um salário mínimo, em março de 2022, compra apenas 182 litros, considerando o preço médio de venda do combustível ao consumidor.
O que aconteceu com a gasolina nesse período?
Em 1997 foi sancionada a Lei do Petróleo, que quebrou o monopólio da Petrobras no Brasil. A partir de 1998, foram instituídos os Valores Médios de Referência (VMR) para o preço de cada um dos combustíveis derivados de petróleo. A partir de 2002, houve o início da prática de preços internacionais.
O ponto de mudança ocorreu a partir de 2003, primeiro ano do governo Lula, quando o preço dos combustíveis passou a não ser alinhado aos preços internacionais, privilegiando o mercado interno até 2016. Após o golpe e com o apoio do Congresso, o presidente Temer passou a indexar os preços dos combustíveis novamente aos preços do mercado externo, com ajustes diários.
Atualmente, sob a gestão Bolsonaro, a política de preços da Petrobras segue a mesma da era Temer. Os lucros da estatal têm sido altíssimos; porém, a empresa não vem cumprindo sua função social – que é o atendimento à finalidade de fornecer combustível para o desenvolvimento do Brasil.
Fonte: Reconta Aí