PCdoB, 100 anos: o partido dos operários brasileiros

Que o Partido nunca perca sua essência, nunca esqueça de onde saiu e se mantenha sempre engajado na luta em prol dos operários. Que o vínculo entre o PCdoB e os trabalhadores seja cada vez mais estreito, na perspectiva de um Brasil grande, soberano, desenvolvido e justo – de um Brasil socialista.

Eles eram nove, mas representavam 50 lideranças comunistas e milhões de trabalhadores da nascente classe operária do Brasil. No dia 25 de março de 1922, na cidade de Niterói, esses nove revolucionáro ousaram fundar um partido diferente de todos que já havia no País.

Diferente, acima de tudo, porque tinha expressão nacional. Os nove fundadores representavam grupos comunistas de várias regiões do País – o que lhe dava mais legitimidade e força. As outras legendas operárias que nasceram nas primeiras décadas do século 20 não sobreviveram meses, anos – quem dera uma década.

Diferente, ainda, porque nasceu devidamente integrado ao movimento comunista que crescia desde a Revolução Russa de 1917 e a criação da Internacional Comunista em 1919. Tanto que a organização foi batizada, inicialmente, como Partido Comunista – Seção Brasileira da Internacional Comunista (PC-SBIC). Além disso, ao fim do primeiro dia do Congresso de Fundação, os nove cantaram A Internacional, o hino universal dos comunistas. Cantaram “baixinho”, conforme se relata, para que a polícia não ouvisse.

A classe trabalhadora brasileira, a partir daquele 25 de março, há cem anos, tinha um partido à altura de suas causas e lutas – uma organização revolucionária para chamar de sua. Deste primeiro século, cerca de 60 anos foram vividos na clandestinidade – o que não foi suficiente para ferir de morte o Partido Comunista.

É louvável que, na véspera do centenário, a presidenta nacional do PCdoB, Luciana Santos, faça questão de reafirmar o compromisso desse grande partido com a classe trabalhadora. “A centralidade do trabalho é o sentido de nossa existência. O PCdoB é um instrumento da luta política para a defesa dos trabalhadores”, afirmou Luciana, nesta quinta (24), durante sua participação no seminário “Brasil Pós-Pandemia: Desafios do Projeto Nacional de Desenvolvimento”.

Os nove de 1922 se multiplicaram em centenas de milhares. O PCdoB está presente em todos os estados do Brasil – e onde há PCdoB há garantia de luta em defesa dos trabalhadores, do povo brasileiro, da democracia e do socialismo. Graças à ideologia e à história do Partido Comunista, os trabalhadores em geral – e os operários em particular – têm mais segurança e convicção para aderir a uma consciência superior.

O Partido Comunista eleva a nossa consciência e dá uma dimensão mais estratégica à nossa atuação. O movimento sindical é fundamental na proteção e na organização dos trabalhadores, na luta por direitos, no combate cotidiano às desigualdades. Mas, para superar a opressão da sociedade capitalista, é preciso converter nossa consciência de classe em força revolucionária. Em cem anos, nenhuma organização no Brasil fez isso melhor do que o PCdoB.

Que o Partido nunca perca sua essência, nunca esqueça de onde saiu e se mantenha sempre engajado na luta em prol dos operários. Que o vínculo entre o PCdoB e os trabalhadores seja cada vez mais estreito, na perspectiva de um Brasil grande, soberano, desenvolvido e justo – de um Brasil socialista. Vida longa ao centenário Partido Comunista do Brasil!

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