Ataques de Bolsonaro fracassam: confiança na urna eletrônica cresce

Mesmo entre aqueles que declaram voto em Bolsonaro, 63% confiam na urna eletrônica

Um dos recortes da nova pesquisa Genial/Quaest, divulgada nesta quarta-feira (11), revela que a ofensiva golpista do bolsonarismo contra as urnas eletrônicas fracassou. Conforme o levantamento, cresce o número de eleitores que confiam na modalidade de voto em vigor no Brasil desde 1996.

A confiança na urna eletrônica cresceu de 68% em setembro de 2021 para 75% neste mês de maio. O percentual inclui eleitores que “confiam muito” e eleitores que “confiam um pouco/mais ou menos”.

Foi em setembro que o presidente Jair Bolsonaro promoveu atos golpistas que, entre outras pautas, pediam a volta do voto impresso. Na ocasião, 29% dos brasileiros não confiavam na urna eletrônica.

Agora, oito meses depois, o discurso de Bolsonaro caiu ainda mais em descrédito. Apenas 22% dos eleitores desconfiam hoje da urna eletrônica – sete pontos percentuais a menos do que na pesquisa anterior.  Mesmo entre aqueles que declaram voto em Bolsonaro, 63% confiam na urna eletrônica e 36% não confiam.

No chamado eleitor “nem-nem” – aquele que não quer nem Bolsonaro nem Lula –, 79% confiam muito na urna eletrônica e somente 18% desconfiam. “Ou seja, a agenda de conflito institucional diminui as chances de Bolsonaro atrair o eleitor da 3ª via”, resume Felipe Nunes, diretor do instituto Quaest.

Contratada pelo Banco Genial, a pesquisa ouviu 2 mil eleitores, presencialmente, de 5 a 8 de maio. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

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