Lula se compromete, se eleito, a recriar o Ministério da Cultura

Para o ex-presidente, “investimento em cultura não é gasto, é um investimento de verdade e tem retorno econômico e financeiro.
“Estou disposto a fazer uma revolução cultural nesse País”, afirmou.

Foto: Enio Lins

Revitalizar o Ministério da Cultura e o Fundo Nacional da Cultura para o desenvolvimento de projetos em todo o país foi a principal reivindicação dos representantes do setor cultural de Alagoas, em reunião realizada hoje com o ex-presidente Lula e o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin. Destacaram a importância de os projetos serem escolhidos por meio de editais públicos, com a transparência necessária.

A institucionalização da Lei Paulo Gustavo foi outro ponto abordado, após considerarem o veto à Lei como “criminoso”. A Lei Paulo Gustavo foi aprovada no Congresso Nacional e repassaria R$ 3,8 bilhões do Fundo Nacional de Cultura para fomento de atividade e produtos culturais em razão dos efeitos econômicos e sociais da pandemia de Covid-19 que deixou a imensa maioria dos produtores culturais sem nenhum trabalho.

Auditório lotado para falar sobre cultura e ouvir o ex-presidente. Foto: Enio Lins

Por outro lado, o setor sugere que o programa de governo da candidatura deve contemplar o fortalecimento das culturas afro, LGBT e indígena, áreas muito atacadas nos últimos quatro anos.

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O ex-presidente comprometeu-se em recriar o Ministério da Cultura que foi extinto pelo presidente Bolsonaro e afirmou que criará comitês culturais em todos os estados. “Eu nunca imaginei que existisse alguém com tamanha ignorância e que não soubesse a importância da cultura na formação de uma nação”, afirmou. “Somente um ignorante não sabe o significado da cultura na geração de emprego, salário e renda”, disse referindo-se a Bolsonaro.

Para o ex-presidente, “investimento em cultura não é gasto, é um investimento de verdade e tem retorno econômico e financeiro. Se não tiver esse retorno, tem retorno político, na formação e na qualidade do ensinamento das nossas pessoas”.

“Estou disposto a fazer uma revolução cultural nesse País. Não vamos mandar queimar livros, vamos distribuir mais livros”, afirmou.

Lula e Geraldo Alckmin continuam em Alagoas onde às 18 horas de hoje participa de ato no Centro de Convenções de Maceió.

Com agências

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