Em 2022, cortes orçamentários já superam R$ 12 bilhões

Ministério da Economia detalha nesta segunda-feira (25) o novo corte, da ordem de R$ 6,74 bilhões.

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

O governo Bolsonaro irá detalhar nesta segunda-feira (25) o terceiro corte no orçamento anunciado neste ano. Com o novo corte, da ordem de R$ 6,74 bilhões, supera os R$ 12 bilhões o bloqueio total em 2022. Constando do Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas Primárias do 3º Bimestre de 2002, a decisão foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União na última sexta (22) e segue para o Congresso Nacional.

“A necessidade de bloqueio total para o exercício financeiro de 2022 sobe de R$ 9,96 bilhões no 2º bimestre para 12,74 bilhões no 3º bimestre; ou seja, um acréscimo de R$ 2,77 bilhões”, informou o Ministério da Economia, em nota. No documento, a Pasta justificou o corte pela necessidade de compensação do valor equivalente a derrubada de veto à Lei Paulo Gustavo, com a liberação do socorro de R$ 3,86 bilhões ao setor cultural, e à aprovação do piso salarial de dois salários mínimos dos agentes comunitários de saúde (R$ 2,24 bilhões), para cumprimento do teto de gastos, que limita o crescimento das despesas da União à inflação do ano anterior.

Teto de gastos

Apesar do aumento das receitas por conta da expansão da base de arrecadação, que se verifica como efeito da própria inflação, já em março o governo anunciou o primeiro corte, de R$ 1,7 bilhão, de emendas parlamentares. O segundo, de R$ 6,965 bilhões, aconteceu em junho. Ambos também tiveram o objetivo de atender à obrigatoriedade de cumprimento do teto de gastos, que vem sendo criticado por economistas e lideranças políticas. Apesar de Bolsonaro ter afirmado nesta sexta que o novo corte poderia chegar a R$ 8 bilhões, os R$ 6,74 bilhões anunciados pelo Ministério da Economia no mesmo dia superou o valor estimado ao longo da semana, que seria de até R$ 5 bilhões.