Representantes do agro, indústria e forças armadas se aproximam de Lula

Liderança isolada nas pesquisas de intenção de voto fez com que os setores voltassem a dialogar com ex-presidente e o PT, indica reportagem do UOL.

Foto: Ricardo Stuckert

O avanço de Lula nas pesquisas eleitorais para a presidência da República aproximou três setores antes afastados do ex-presidente: o agronegócio, a indústria e as forças armadas. Ainda esta semana duas pesquisas, XP/Ipespe e BTG/FSB, indicaram Lula com 44% das intenções de votos no primeiro turno, além de vitória em todos os cenários de segundo turno.

Como indica reportagem do UOL, os representantes das categorias têm procurado diálogo com a campanha petista. Agora, os representantes das categorias têm se encontrado com Lula para reuniões e jantares no intuito de levar pautas dos seus setores e demonstrar preocupação com o cenário econômico-social do país.

O candidato a vice na chapa de Lula, o ex-governador Geraldo Alckmin tem colaborado nestas articulações, principalmente com empresários mais conservadores.

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Nos setores que voltaram a dialogar com Lula e seus coordenadores existe diversidade em relação ao apoio anterior a Bolsonaro. Parte dos representantes nunca apoiou Bolsonaro. Outros são ex-apoiadores arrependidos e os demais não indicam preferência, mas querem dialogar com Lula. Apesar disso todos se preocupam com represálias ao se aproximarem do ex-presidente.

Agronegócio

Os representantes do agronegócio têm defendido a necessidade da diminuição dos custos de produção, controle cambial e dos preços dos combustíveis. Assim como redução no valor dos fertilizantes e apoio em pautas sustentáveis.

Indústria

Entre as pautas debatidas com os articuladores da campanha de Lula estão incentivos ao setor têxtil, melhora da imagem internacional, estabilidade econômica e reversão do processo de desindustrialização do país.

Ainda em julho, Lula se encontrou na Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) com empresários e industriais. A reunião foi organizada pelo novo presidente da FIESP, Josué Gomes, filho do ex-vice-presidente dos governos Lula, José Alencar.

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Na ocasião, Lula defendeu a reindustrialização do país com apoio dos sindicatos e do setor produtivo. Também participaram da reunião Luiza Trajano da Magazine Luiza, Luiz Carlos Trabuco do Bradesco, João Moreira Salles do Itaú, Beto Sucupira da Ambev, Dan Iochpe da Iochpe Maxxion, Roberto Azevedo da PepsiCo, Fábio Coelho da Google, Jacyr Costa da Cosag/Fiesp e Agroadvice, entre outros empresários.

Forças Armadas

A reportagem traz que as Forças Armadas a princípio adotaram sigilo sobre qualquer aproximação com Lula para que não ocorra interpretações dúbias. Por fim, os generais ouvidos indicaram que a situação atual é diferente de 2018, uma vez que o atual comandante é avesso às redes sociais e discreto nas aparições públicas.

Com informações UOL

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