Ministro do STF prorroga por mais 60 dias investigação contra Bolsonaro

De acordo com a CPI da Covid, o presidente e os demais envolvidos propagaram notícias falsas e foram omissos diante da possibilidade de uma campanha em massa sobre a necessidade de proteção contra a doença

Ministro Luís Roberto Barroso durante sessão do STF (Foto: Nelson Jr./SCO/STF)

A pedido da Polícia Federal (PF) e com aval da Procuradoria-Geral da República (PGR), o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu prorrogar por mais 60 dias um dos inquéritos gerados pela CPI da Covid contra Bolsonaro.

Além dele são alvos do inquérito o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e os deputados Eduardo Bolsonaro (PL-SP), Ricardo Barros (PP-PR), Carla Zambelli (PL-SP), Osmar Terra (MDB-RS), Bia Kicis (PL-DF), Carlos Jordy (PL-RJ) e Onyx Lorenzoni (PL-RS).

De acordo com a CPI, o presidente e os demais envolvidos propagaram notícias falsas e foram omissos diante da possibilidade de uma campanha em massa sobre a necessidade de proteção contra a doença.

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“Essas condutas colocaram a saúde das pessoas em risco, uma vez que contribuíram para o rápido incremento da contaminação pelo coronavírus, pelo surgimento de nova cepa do vírus e pelo aumento do índice de ocupação dos leitos hospitalares e, consequentemente, para a morte de milhares de brasileiros”, diz o relatório da comissão.

“Defiro o pedido de prorrogação do prazo para continuidade das investigações, por mais 60 dias, nos termos formulados pela Procuradoria-Geral da República. Com relação ao acesso os arquivos produzidos pela CPI, verifico que tais arquivos já foram compartilhados neste feito pelo Senado em atenção a requerimento da Procuradoria-Geral da República”, despachou o ministro Barroso.

Direção da CPI da Covid com Omar Aziz na presidência, Randolfe Rodrigues, vice e Renan Calheiros, relator l Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado
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