Instagram e Facebook vetam ataques a urnas, mas ainda permitem fake news

Pressão continua para que moderação das plataformas também controle a publicação de mentiras atacando candidatos

Plataformas sociais são principal meio de disseminação de fake news -Foto: Rawpixel – Freepik

Somente agora, depois de meses de pressão, a Meta, empresa que controla o Facebook e o Instagram, avisou que vai proibir anúncios que questionem a legitimidade do processo eleitoral. Segundo reportagem do jornal O Globo, a medida valerá também para as eleições legislativas dos EUA. O anúncio ocorre no mesmo dia em que o novo presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, tomou posse garantindo que não tolerará notícias falsas e mentiras ao longo da campanha.

Mesmo tendo uma política que, teoricamente, proíbe a veiculação de notícias falsas, o Facebook se mostrou incapaz de identificar e bloquear anúncios com conteúdo mentiroso sobre urnas e as eleições. Só aceitava postagens verificadas por parceiros, mesmo que amplamente desmentidas na imprensa e justiça. Também não foi capaz de barrar aquelas publicadas por perfis falsos e sem identificação. 

A maioria das publicações com teor falso notificadas nas plataformas são de autoria de candidatos, que manipulam informações com interesses pessoais e criminosos. Embora haja decisões judiciais contra esse tipo de prática, e acordo com a Meta para acesso automatizado à biblioteca de anúncios, a Justiça não tem sido capaz de fiscalizar adequadamente as postagens.

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