RJ: Ex-assessor acusa governador Cláudio Castro de ter recebido propina antes

O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, foi acusado de receber propina enquanto esteve como vereador na capital e vice-governador do estado, durante a gestão de Wilson Witzel. A investigação acontece pela Operação Catarata em que o ex-assessor de Castro, Marcus Vinícius Azevedo da Silva, aponta fraudes em contratos com projetos sociais.

De acordo com a delação premiada, Castro como vereador atuou junto ao então prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, para que contratos de ONGs ligadas ao próprio delator [Marcus Vinícius] e a Flávio Chadud passassem para a Subsecretaria de Pessoa com Deficiência. Em contrapartida o vereador apoiou o prefeito no projeto de aumento do IPTU na cidade. Com os contratos das ONGs na Subsecretaria, operou-se o esquema de propina.

Quando já estava como vice-governador as propinas foram reforçadas por esquema envolvendo a empresa Novo Olhar de Chadud com a Fundação Leão 13. Para continuar operando este esquema, um decreto transferiu a fundação para o controle do vice-governador e os contratos em que se desviavam recursos foram renovados.

O ex-assessor ainda acusou Castro de recebimento de US$ 20 mil (cerca de R$ 104 mil corrigidos) quando esteve na Disney, em Orlando (EUA). O pagamento da propina foi feito diretamente em outro país por um doleiro como parte dos recursos desviados do contrato com a Novo Olhar.

O UOL teve acesso à delação feita em ao Ministério Público do Rio de Janeiro no mês de julho.

No depoimento, Marcus ainda confirmou suspeitas já reveladas pela GloboNews, com vídeos da sede da empresa de Chadud, onde Castro aparece carregando uma mochila. Em delação premiada de 2020, o ex-funcionário da empresa Bruno Selem afirma que a mochila carregada pelo agora governador do RJ continha R$ 100 mil em propina. Confira a reportagem do UOL na íntegra aqui.