Lula tem direito de resposta contra falsas acusações

TSE concede ao ex-presidente direito de veicular vídeo em redes sociais da Jovem Pan, da senadora Mara Gabrilli e dos deputados Carla Zambelli e Flávio Bolsonaro

Foto: Ricardo Stuckert

A coligação Brasil da Esperança, do candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT), obteve, na Justiça, neste domingo (16), o direito de resposta contra falsas acusações que tentam associar o ex-presidente ao assassinato do ex-prefeito de Santo André, Celso Daniel. 

A decisão, proferida pela ministra Maria Claudia Bucchianeri, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), diz respeito a uma fala da senadora Mara Gabrilli (PSDB-SP), em entrevista ocorrida no dia 28 de setembro, veiculada em programa da rádio Jovem Pan, disponibilizado no Youtube e compartilhado pela deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) e pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ).

Leia também: TSE barra propaganda de Bolsonaro que adultera declarações de Lula

A juíza determinou que seja divulgada resposta do ex-presidente no mesmo veículo, espaço, local, horário e página eletrônica utilizados na ofensa. Assim, o vídeo com a resposta deve permanecer por quatro dias, no canal do Youtube da filial de Bauru da rádio Jovem Pan, e por dois dias nos perfis de Gabrilli, Zambelli e de Flávio no Twitter. 

O PT deverá apresentar, em até dois dias, o vídeo a ser divulgado, que deverá ter, no máximo, 30 segundos. No caso do descumprimento da medida, os envolvidos terão de pagar multa de R$ 50 mil.

Na decisão, Bucchianeri afirmou: “Como é de conhecimento público e notório, o assassinato do ex-prefeito Celso Daniel se trata de caso encerrado perante o Poder Judiciário, com os responsáveis devidamente processados e julgados, estando cumprindo pena”. E acrescentou que “também é fato conhecido e amplamente divulgado que o Ministério Público de São Paulo encerrou definitivamente as apurações, não havendo notícia do envolvimento do Partido dos Trabalhadores ou de seus membros”.

Antes desta decisão, o TSE já havia determinado que os parlamentares retirassem, de suas redes sociais, publicações que ligavam Lula ao assassinato, além da exclusão de entrevista do canal da rádio no Youtube.

Leia também: TSE manda suspender mais uma fake news disparada pelos bolsonaristas