Levantamento mostra alimentos mais caros e renda menor nos últimos três anos

Alimentos 41% mais caros e renda que não acompanha; em setembro, Datafolha mostrou que 76% dos beneficiários do Auxílio Brasil usam o dinheiro para comprar comida.

Foto: Roberto Parizotti/Fotos Públicas

O governo Jair Bolsonaro (PL), entre outras mazelas, ficará eternizado por devolver o Brasil ao “mapa da fome”. Em estudo divulgado em junho pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania Alimentar (Penssan), foi indicado que 33 milhões de brasileiros passam fome.

E um dos motivos pela insegurança alimentar que assola a nação é o preço dos alimentos que não para de subir e que não é acompanhado pelo crescimento da renda dos trabalhadores.

Nesse sentido, o levantamento feito pelo Portal g1, divulgado nesta sexta-feira (23), revela que nos últimos três anos os alimentos ficaram 41,5% mais caros, enquanto a renda média subiu, somente, 19,7%.

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Com esse descompasso, o valor destinado pelas famílias para a compra de alimentos é cada vez maior, o que compromete ouros gastos de segunda ordem – mas que também são necessários.

Como colocado pelo portal, com Dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), em 2019, 43,8% do salário-mínimo era destinado para a compra de cesta básica, agora esta porcentagem chega a 58,78%.

Auxílio Brasil

Com o avançar da crise que afeta o bolso e a barriga dos brasileiros, uma pesquisa Datafolha de setembro revelou que 76% das pessoas que recebem o Auxílio Brasil, que voltará a se chamar Bolsa Família com Lula (PT), utilizam o dinheiro principalmente para comprar comida. Outros 11% utilizam o dinheiro para saldar dívidas, 6% para medicamentos, 2% para gás e 5% não responderam.

Outra pergunta feita na pesquisa que ouviu 6.754 pessoas em 343 municípios, entre 20 e 22 de setembro, sob o registro na Justiça Eleitoral BR-04180/2022, foi se a quantidade de alimentos na residência era suficiente para a família. Com esta questão, 27% disseram que a quantidade era insuficiente. Outros 57% disseram ser suficiente e 16% mais do que suficiente.

A partir desses dados é possível ter um parâmetro para enxergar a situação trágica em que Bolsonaro entrega o país para Lula, que terá como desafio para o seu terceiro mandato como presidente tirar o país do “mapa da fome”, assim como já fez nas suas gestões anteriores.

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