Ônibus usados por golpistas já foram identificados e apreendidos, diz ministro

Flávio Dino diz que os responsáveis serão punidos na forma da Lei.

Flávio Dino (PSB) é ministro da Justiça do governo Lula | Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

O Ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB) disse na madrugada desta segunda-feira (9) em seu Twitter, que já possui a identificação de todos os ônibus que transportaram os terroristas até Brasília para atos antidemocráticos que culminaram na invasão e depredação dos prédios na Praça dos Três Poderes.

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Segundo Dino, foram feitas apreensões e outros veículos ainda serão coletados pelas autoridades. “Prossegue a identificação de todos que participaram ou financiaram os graves crimes perpetrados neste domingo. Todos serão apresentados ao Poder Judiciário, ainda hoje e nos próximos dias. É hora de ampla união nacional em defesa da Constituição e das leis. Temos todas as placas dos ônibus que trouxeram criminosos até Brasília. Muitos foram apreendidos e outros serão”, escreveu o ministro.

O ex-governador do Maranhão também lembrou que “desde dezembro prisões têm sido requeridas e executadas. Já há novos mandados de prisão expedidos e outros serão requeridos ainda hoje.” Sobre os atos deste domingo (8), Dino afirmou que “sucessivas rupturas da legalidade” serviram de combustível para os episódios.

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“Creio que não preciso relatar as imensas dificuldades institucionais que o Brasil está vivendo há alguns anos. Elas são óbvias. Sucessivas rupturas da legalidade trouxeram o país até este terrível domingo. Mas seguiremos e venceremos. Renovo a minha solidariedade ao Congresso Nacional e ao Supremo Tribunal Federal, assim como aos jornalistas agredidos pelos terroristas. Sob a liderança do Presidente Lula, tomamos as providências cabíveis. Informarei o que for possível e quando for possível”, escreveu o ministro.

Mais cedo, a pasta liderada pelo ministro havia publicado uma nota repudiando os atos extremistas, garantindo que “não haverá conivência com o crime e que todos os responsáveis responderão na forma da Lei”. “A tentativa de impor a vontade pela força não será tolerada”, afirmou o ministério, reforçando o decreto de intervenção federal na capital federal.

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200 pessoas foram presas

Em coletiva na noite deste domingo (8), Dino já havia afirmado a prisão em flagrante de cerca de 200 pessoas e a apreensão de, pelo menos, quarenta ônibus, além da identificação dos financiadores dos veículos.

“Aproximadamente 200 pessoas presas em flagrante, e as prisões continuam, porque tecnicamente o flagrante ocorre durante o cometimento do crime ou logo após. Ou seja, as pessoas que estão sendo acompanhadas neste momento ainda estão à luz do Código Penal em situação de flagrância”, disse o ministro.

“Quarenta ônibus apreendidos são instrumentos de perpetuação de crimes. Já identificamos todos os ônibus que se dirigiram a Brasília e todos os financiadores de tais ônibus, de modo que teremos na sequência alguns atos relativos a essa investigação, com novos pedidos de prisão preventiva”, acrescentou.

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