Lula confirma salário mínimo de R$ 1.320 e novo valor para isenção do IR
Presidente anunciou nesta quinta que novo valor do salário mínimo vai vigorar a partir de 1º de maio; faixa para isenção do Imposto de Renda passa a ser de R$ 2.640
Publicado 16/02/2023 14:32 | Editado 17/02/2023 14:46
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva confirmou, nesta quinta-feira (16), que o salário mínimo passará a ser de R$ 1.320 a partir de 1º de maio, Dia do Trabalhador. Também foi anunciado que a faixa de isenção do Imposto de Renda passará de R$ 1.903,98 para dois salários mínimos, ou seja, R$ 2.640.
Pelas redes sociais, Lula declarou: “Estamos aumentando o salário mínimo para R$ 1.320 em maio e vamos recuperar a regra em que o salário, além da reposição inflacionária, terá o crescimento do PIB, porque é a forma mais justa de distribuir o crescimento da economia”.
O salário mínimo vigente hoje é de R$ 1.302. O novo valor, de R$ 1.320, foi aprovado pelo Congresso Nacional no Orçamento de 2023. Porém, depende de nova medida provisória do governo para passar a vigorar. Segundo informou a Agência Brasil, “a preocupação do governo é com a insuficiência de recursos para bancar o novo valor e uma proposta está sendo negociada pela equipe econômica”.
Isso porque houve uma série de liberações, no final do ano, de aposentadorias e pensões represadas durante o governo Bolsonaro, o que levou a um impacto fiscal maior do que o previsto quando da definição do Orçamento.
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Ao confirmar o valor em entrevista ao canal CNN, Lula explicou que “o salário mínimo, além da reposição inflacionária, terá o crescimento do PIB, porque é a forma mais justa de você distribuir o crescimento da economia. Não adianta o PIB crescer 14% e você não distribuir. É importante que ele cresça 5%, 6% , 7% e você distribuí-lo para a sociedade. Nós vamos aumentar o salário mínimo todo ano de acordo com a inflação, será reposta, e o crescimento do PIB será colocado no salário mínimo”.
Quanto ao Imposto de Renda, o valor anunciado para a isenção, R$ 2.640, será gradualmente reajustado até chegar a R$ 5 mil, objetivo anunciado ainda durante a campanha. A elevação é necessária para corrigir as distorções resultantes da falta de reajuste na tabela desde 2015, o que acabou penalizando a população de menor renda.