Governo vai investir R$ 5,5 bi na alimentação escolar saudável

Ações visam aumentar a aquisição de alimentos da agricultura familiar e reduzir o consumo dos ultraprocessados

(Foto: Eduardo Aigner/MDA)

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai investir, este ano, R$ 5,5 bilhões para alimentar cerca de 40 milhões de estudantes da educação básica pública. Um acordo de cooperação técnica envolvendo as pastas da Educação; Saúde; Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar; e Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome; vai promover nas escolas uma alimentação saudável e fortalecer a agricultura familiar.

“Em algumas escolas e municípios, muitas vezes a única refeição que a criança faz no dia é a oferecida na escola. Essa é uma realidade cruel. Temos de nos indignar, todos os dias, e não aceitar que, em um país da dimensão do Brasil, ainda tenham pessoas passando fome”, afirmou na quarta-feira (4) o ministro da Educação, Camilo Santana, durante a solenidade da assinatura do acordo.

De acordo com nota no ministério, o acordo atende às recomendações do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) sobre a alimentação escolar que deve ser oferecida aos alunos da educação básica e cria novos parâmetros para garantir mais saúde e nutrição às crianças e aos adolescentes brasileiros. 

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Além disso, reforça o compromisso do governo de implementar ações que visem aumentar a aquisição de gêneros alimentícios da agricultura familiar e reduzir o consumo de alimentos ultraprocessados.      

“O Programa Nacional de Alimentação Escolar é uma das políticas mais importantes a favorecer a agricultura familiar. Quando um agricultor tem uma compra garantida, ele vai produzir cada vez mais, sem medo de chegar a hora da colheita e não conseguir vender”, afirmou Marli Brambrila, representante da Cooperativa de Comercialização e Reforma Agrária Avante Ltda (Coana), do Paraná, que falou pelas cooperativas de agricultura familiar que fornecem ao PNAE.  

A cerimônia, no auditório do MEC, reuniu os ministros Paulo Teixeira, do MDA; Wellington Dias, do MDS; Nísia Trindade, do MS; Fernanda Pacobayba, presidente do FNDE; além dos senadores Marcelo Castro, Zenaide Maia e Augusta Brito e dos deputados federais Bohn Gass e Castro Neto.  

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