Grades do Palácio do Planalto são retiradas a pedido de Lula

“Deixa livre para a democracia, ela não precisa de muros”, disse Lula ao conferir a retirada das grades de proteção que estavam desde 2013 em volta do Palácio

Foto: Ricardo Stuckert/PR

Desde 2013 o Palácio do Planalto esteve cercado por grades de proteção, porém estas foram retiradas a pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Na quarta-feira (10), após a retirada dos gradis, Lula desceu a rampa da sede do governo “de surpresa” e foi recebido por apoiadores.

Ao falar com a imprensa, o presidente defendeu a democracia e a retirada de grades de prédios públicos.

“O Brasil não precisa estar cercado de grades. Deixa livre para a democracia, ela não precisa de muros”, disse Lula.

Foto: Ricardo Stuckert/PR

A ideia do presidente é que os blocos de concreto que ficam em frente às residências oficiais do presidente e vice-presidente, o Palácio da Alvorada e o Palácio do Jaburu, também sejam retirados.

“Eu vou tirar aquela muralha na frente do Palácio [da Alvorada] […] “se eu quiser cercar o povo e não permitir que ele faça protesto, não tem sentido a democracia”, afirmou.

As grades do Planalto agora só devem ser utilizadas em caso de solenidades ou desfiles.

Histórico

As grades foram colocas ao redor dos prédios da Praça dos Três Poderes em 2013, quando ocorreram as manifestações que ficaram conhecidas como Jornadas de Junho. Desde então permaneceram nos prédios do STF, do Congresso Nacional e do Planalto. No período o Brasil teve no comando Dilma Rousseff, Michel Temer e Jair Bolsonaro.

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Agora com Lula, que governou nos seus dois primeiros mandatos sem grades, em contato direto com o povo, aceitando as legítimas manifestações, ao contrário dos atos de vandalismo promovidos em 8 de Janeiro, o Palácio volta a ficar “livre”. Até porque as instalações foram ineficazes contra as invasões dos prédios públicos e o que derrotou a sanha golpista foi a força de democracia nacional, que escolheu Lula para reconstruir o país.

O ato simbólico promovido pelo presidente no Palácio agora fica a critério de Rodrigo Pacheco, presidente do Senado, e Rosa Weber, presidente do STF, terem a mesma atitude.

*Informações Agência Brasil