Investimentos em infraestrutura devem crescer 15% em 2024
Resultado projetado de R$ 259,3 bilhões representa 2,2% do PIB nacional. Setor de energia elétrica e transportes alavancam o resultado
Publicado 15/11/2024 11:00 | Editado 17/11/2024 08:22
O ano de 2024 deve ter um fechamento auspicioso no que diz respeito a investimentos em infraestrutura. De acordo com a projeção da Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib), o ano deve ter R$ 259,3 bilhões em investimentos, um aumento de 15%.
Desse valor, R$ 62,2 bilhões são em recursos públicos de todas as esferas e os demais da iniciativa privada.
Os números foram divulgados preliminarmente pelo Valor Econômico, com base no “Livro Azul da Infraestrutura”, que aguarda linhas finais para ser divulgado no fim desse mês.
A reportagem do site conversou com o presidente-executivo da Abdib, Venilton Tadini, que aponta que os valores são recordes e que o pico anterior aconteceu em 2014, com R$ 239,7 bilhões (valor corrigido aos dias atuais).
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O destaque fica para investimentos no setor de energia elétrica com R$ 119,3 bilhões, crescimento de 27,3% no ano. Outro destaque é transportes e logística, R$ 63 bilhões e crescimento de 52,17% em comparação com o ano anterior. Já em água esgoto são R$ 34 bilhões, estimativa de crescimento em cerca de 26,9%.
Conforme aponta a reportagem, o único recuo, de 16,34%, é em telecomunicações, que fica com R$ 43 bilhões no ano.
Segundo da Abdib, os investimentos em infraestrutura representam 2,2% do PIB nacional no ano. No ano anterior representou 1,99%.
Para os analistas da associação a expectativa é de continuidade de crescimento com leilões de concessões e Parcerias Público-Privadas (PPPs) em infraestrutura. Como citado, a retomada do potencial do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o novo arcabouço fiscal – que deu margem para o governo federal investir -, e o novo Programa de Aceleração do Crescimento são situações que contribuem para o cenário. Em contrapartida, as desconfianças apontadas pelo mercado recaem sobre “imprevisibilidade regulatória”, restrições e execuções orçamentárias.
*Informações Valor Econômico. Edição Vermelho, Murilo da Silva