Lula quer Minha Casa, Minha Vida para quem ganha mais de R$ 8 mil

“É justo com uma pessoa que ganha R$ 8 mil, R$ 9 mil, R$ 10 mil ser atendida por um programa do governo porque essas pessoas trabalham”, defendeu o presidente

Lula discursa no 99° Encontro Nacional da Indústria de Construção. (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva usou a abertura do 99° Encontro Nacional da Indústria de Construção, nesta terça-feira (26), na sede da Confederação Nacional da Indústria (CNI), para defender a expansão do programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV).

“A gente começou construindo casas para as pessoas mais pobres, depois a gente foi evoluindo (…) É justo com uma pessoa que ganha R$ 8 mil, R$ 9 mil, R$ 10 mil ser atendida por um programa do governo porque essas pessoas trabalham”, defendeu o presidente.

Lula destacou a importância da expansão para atender outras faixas salariais e possibilitando que mais brasileiros sejam contemplados pelo programa. “São bancários, metalúrgicos, químicos, gráficos e pessoas que trabalham por conta própria. São pequenos empreendedores e nós temos que atender essa gente”, defendeu.

“Vão dizer que ‘o Lula só pensa no pobre’, ‘tem que ser muito pobre pro Lula cuidar’, não! Nós queremos cuidar do povo brasileiro. Só que tem uma parte do povo que precisa da mão do Estado e tem outra que não precisa. E essa que não precisa a gente também tem que cuidar facilitando a vida dos empresários. Por isso, quero dizer uma coisa: não faltará crédito para a gente fazer as casas nesse país”, discursou.

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O governo considera que a retomada do programa Minha Casa, Minha Vida está no auge, ou seja, com força total. São mais de R$ 18 bilhões de investimento direto, R$ 85 bilhões via FGTS e 1,1 milhão de unidades habitacionais contratadas até 2024.

O ministro das Cidades, Jader Filho, disse que até outubro desse ano houve 1,15 milhão de novas unidades habitacionais contratadas.

“Se trabalharmos juntos, nós vamos ficar com 2,3 milhões a 2,5 milhões de novas unidades habitacionais neste país. É uma virada histórica do programa Minha Casa, Minha Vida que vai gerar emprego e fazer nossa economia movimentar”, prevê Jader.

A pasta das Cidades diz que a projeção para o programa é de que, ao longo do mandato do presidente Lula, os recursos cheguem a R$ 72 bilhões pelo Orçamento Geral da União e R$ 350 bilhões por meio do FGTS.

“Se não fosse a confiança do mercado imobiliário no governo federal, naquilo que está sendo construído no nosso país, seguramente o andamento do Minha Casa, Minha Vida não estaria no mesmo ritmo. O programa foi responsável por 53% do total de lançamentos de novas unidades habitacionais no último trimestre”, afirmou o ministro.

O presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Renato Correia, disse que o programa teve muita influência no crescimento econômico do setor.

“Ele [programa]deu escala, ele deu capacidade das empresas a melhorar a produtividade, a melhorar as equipes, vender, comprar muito material de construção. Então, realmente, Minha Casa Minha Vida fez a diferença. E isso é um fato que precisa ser comemorado”, disse Correia.

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